Uma menina de 5 anos foi expulsa de uma escola batista, nos Estados Unidos, pela fato de ter mães lésbicas . Em entrevista à NBC News, o casal Emily e Jennie Parker, casado desde 2016, afirmou que o pastor e diretor da Escola Batista Bíblica em DeQuincy justificou a medida pelas “escolhas de estilo de vida” das mães e porque o casamento delas não aderia aos ensinamentos da religião.
“Ele disse que não éramos uma boa combinação para a escola”, afirnou Jennie Parker, de 31 anos. As mulheres são cristãs e a filha, a pequena Zoey, frequentava a pré-escola no colégio batista desde o ano passado.
Segundo informações da Revista Crescer, Emily Parker, é tia biológica de Zoey e adotou a menina oficialmente com a companheira em agosto deste ano, depois de o pai da criança morrer aos 22 anos em um acidente de trabalho em 2020.
Em um comunicado publicado no site da escola , a instituição afirma “estar comprometida a instruir e viver de acordo com os ensinamentos das Escrituras”.
“Acreditamos que a Bíblia ensina que toda vida tem valor e que há dignidade em todos nós porque fomos criados à imagem de Deus. A Bíblia também nos ensina a amar a todos com o amor de Deus, apesar de suas escolhas pessoais. Nós nos esforçamos para ensinar isso aos alunos. Nós os encorajamos a mostrar amor e compaixão a todos”, diz um trecho do comunicado.
Contudo, em outra parte, a escola afirma que está comprometida a “fornecer um ambiente consistente com as crenças que mantemos”.
“Queremos que nossos alunos não apenas conheçam nossas crenças, mas que as vejam na prática. Sobre às relações pessoais, consideramos que elas, seja no namoro ou no casamento, devem ser entre um homem e uma mulher”, escreveu a escola em um trecho LGBTfóbico .
Emily Parker afirma que se sentiu insultada e humilhada ao saber que sua filha não poderia frequentar a escola devido ao seu casamento.
“Nós nunca fomos confrontadas tão abertamente sobre nosso relacionamento”, afirmou. “Nosso amor, nosso casamento , sempre pareceu natural. Nossas famílias sempre nos fizeram sentir como duas pessoas que simplesmente se amam. Isso foi um grande tapa na cara”. E ela ainda acrescentou: “Não vão conseguir nos discriminar silenciosamente”.
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