![Comunicado do desaparecimento da atriz foi feito pela ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes em Portugal. Comunicado do desaparecimento da atriz foi feito pela ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes em Portugal.](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/51/e5/de/51e5devayukasct66rua59a4s.jpg)
A atriz e ativista trans brasileira Keyla Brasil, que subiu ao palco da peça "Tudo Sobre a Minha Mãe", em Portugal, para protestar contra um episódio de
transfake
, está desaparecida há pelo menos 72 horas, segundo a ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes no país europeu.
Na tarde de domingo (29), a organização informou pelo Instagram que Keyla já estava desaparecida há mais de 48 horas. A atriz é acolhida pela ONG há cerca de um ano.
"Faremos todos os esforços necessários para que ela volte a estar em segurança. A Keyla está incontactável há mais de 48h. As autoridades competentes já foram alertadas e espera-se uma ação concreta em breve. Precisamos que a Keyla esteja segura", escreveu a Casa T.
A ONG solicitou ainda que informações sobre o possível paradeiro da atriz sejam informadas pela rede social da organização ou por e-mail.
"Urge o vosso apoio, e por isso apelamos a que qualquer informação que tenham, nos seja enviada para [email protected] ou pelo Instagram @casa_t_lisboa, e/ou contactem as autoridades policiais através dos canais oficiais [...] Não repassem, nem publiquem informações não confirmadas ou especulações", orientou a instituição.
Protesto contra transfake
Keyla ganhou visibilidade internacional quando interrompeu a peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, no Teatro São Luiz, para protestar contra o episódio de transfake envolvendo o espetáculo.
A personagem trans Lola era interpretada pelo
ator cis André Patrício, que foi substituído pela atriz trans Maria João Vaz, após a repercurssão do protesto de Keyla.
Seminua, a ativista trans começou a gritar em cima do palco: “Transfake! Desce do palco! Tenha respeito por este lugar”. A peça foi interrompida e a produção baixou as cortinas, mas a ativista seguiu com o discurso.
“Gente, boa noite, eu me chamo Keyla Brasil. Sou atriz, sou prostituta, e o que está acontecendo agora é um assassinato e um apagamento da nossa identidade como travesti”, disse ela, se referindo à falta de oportunidade para atores e atrizes transexuais em Portugal.
O protesto de Keyla ocorreu no dia 19 de janeiro. No dia 22, a atriz postou em seu perfil no Instagram que vinha recebendo ameaças e mensagens de ódio.
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