Comunicado do desaparecimento da atriz foi feito pela ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes em Portugal.
Reprodução/Instagram 30.01.2023
Comunicado do desaparecimento da atriz foi feito pela ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes em Portugal.

A atriz e ativista trans brasileira Keyla Brasil, que subiu ao palco da peça "Tudo Sobre a Minha Mãe", em Portugal, para protestar contra um episódio de transfake , está desaparecida há pelo menos 72 horas, segundo a ONG Casa T, que acolhe pessoas trans imigrantes no país europeu.

Na tarde de domingo (29), a organização informou pelo Instagram que Keyla já estava desaparecida há mais de 48 horas. A atriz é acolhida pela ONG há cerca de um ano.


"Faremos todos os esforços necessários para que ela volte a estar em segurança. A Keyla está incontactável há mais de 48h. As autoridades competentes já foram alertadas e espera-se uma ação concreta em breve. Precisamos que a Keyla esteja segura", escreveu a Casa T.

A ONG solicitou ainda que informações sobre o possível paradeiro da atriz sejam informadas pela rede social da organização ou por e-mail.

"Urge o vosso apoio, e por isso apelamos a que qualquer informação que tenham, nos seja enviada para [email protected] ou pelo Instagram @casa_t_lisboa, e/ou contactem as autoridades policiais através dos canais oficiais [...] Não repassem, nem publiquem informações não confirmadas ou especulações", orientou a instituição. 

Protesto contra transfake


Keyla ganhou visibilidade internacional quando interrompeu a peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, no Teatro São Luiz, para protestar contra o episódio de transfake envolvendo o espetáculo.

A personagem trans Lola era interpretada pelo ator cis André Patrício, que foi substituído pela atriz trans Maria João Vaz, após a repercurssão do protesto de Keyla.

Seminua, a ativista trans começou a gritar em cima do palco: “Transfake! Desce do palco! Tenha respeito por este lugar”. A peça foi interrompida e a produção baixou as cortinas, mas a ativista seguiu com o discurso.

“Gente, boa noite, eu me chamo Keyla Brasil. Sou atriz, sou prostituta, e o que está acontecendo agora é um assassinato e um apagamento da nossa identidade como travesti”, disse ela, se referindo à falta de oportunidade para atores e atrizes transexuais em Portugal.

O protesto de Keyla ocorreu no dia 19 de janeiro. No dia 22, a atriz postou em seu perfil no Instagram que vinha recebendo ameaças e mensagens de ódio.



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