Em um trecho exclusivo compartilhado com a revista People da entrevista de Sam Smith com Zane Lowe no Apple Music 1, o cantor se abriu sobre o quanto sua vida mudou desde o anúncio de sua não binariedade. O cantor de 30 anos, desabafou sobre os ataques que sofre por se identificar como não binário, o que declarou em 2019, nesta quinta-feira (26).
Na entrevista Smith lamentou tais atitudes e refletiu sobre o sofrimento de quem não é famoso e precisa lida com questões de gênero.
"A quantidade de ódio e merd* que veio até mim foi simplesmente cansativa... não ficava em casa pesquisando meu nome no Google, mas estava nas notícias e foi difícil não olhar. Estou sendo abusado verbalmente na rua mais do que nunca, cuspiram em mim na rua. É uma loucura”, disse.
“Se isso está acontecendo comigo e eu sou famoso, sou uma estrela do pop, você pode imaginar como as crianças queer estão se sentindo? E é tão triste que estejamos em 2023 e ainda esteja acontecendo. É cansativo, e especialmente na Inglaterra", completou.
Por outro lado, Smith diz que melhorou sua autoconfiança e seu relacionamento com a família. "Na minha vida pessoal, não há nada negativo. Minha família sempre se comunicou comigo, mas agora é de uma maneira ainda melhor. Minha vida amorosa melhorou com isso, me sinto adorável. Me sinto confortável na minha pele, visto o que quero vestir. Desde que mudei meus pronomes, parecia uma volta para casa. Eu gostaria de saber quais eram as palavras quando eu estava na escola. Eu teria me identificado assim porque é quem eu sou e quem eu sempre fui", enfatizou o astro.
No ano passado, a música de Smith com Kim Petras intitulada "Unholy" alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100. Fazendo com que Smith ao lado de Petras, se tornassem juntos os primeiros artistas abertamente transgênero e não binário a alcançar o topo das paradas desde seu lançamento em 1991, de acordo com a Billboard.
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