Os últimos 12 meses têm sido particularmente difíceis para a comunidade
LGBTQIAPN+
, com um número sem precedentes de projetos de lei apresentados em todos os EUA com o objetivo de restringir, colocar em perigo ou silenciar a comunidade queer norte-americana.
Entre eles, há um número cada vez maior de proibições de apresentações ou performances de
drag queens
no país. Tais projetos, pouco a pouco, estão sendo transformados em leis em alguns dos estados mais conservadores do país.
RuPaul, que construiu seu império mediático com base na beleza, no riso, no entretenimento e no conhecimento que os artistas drag têm para oferecer ao mundo, fez questão de comentar sobre essas proibições na noite de segunda-feira (15), quando seu reality show
"RuPaul's Drag Race"
ganhou mais um Emmy.
Acompanhado pelos jurados do programa, Michelle Visage e Ross Mathews, e por drags que já competiram no reality, RuPaul segurou o prêmio com força e disse: "Muito obrigado, pessoas adoráveis, adoráveis. Estamos muito honrados por receber este prêmio."
"Vocês são simplesmente adoráveis por honrarem o nosso programa e por reconhecerem todas estas rainhas. Lançamos na natureza centenas de drag queens, e elas são lindas. Em nome de todas elas, nós agradecemos."
Falando mais sério, acrescentou: "Se uma drag queen quiser ler para você uma história numa biblioteca, escute-a. Porque conhecimento é poder, e se alguém tenta restringir o nosso acesso ao poder, está tentando assustar você. Escutem uma drag queen, obrigado! Nós adoramos vocês!"
Leis que proíbem performances de drag queens foram aprovadas nos estados de Tenessee e Montana, e a Flórida já acionou a justiça para proibir temporariamente esse tipo de evento.
Os produtores de Drag Race se engajaram em diversas campanhas ao longo do ano passado, em parceria com programas e canais de TV, para aumentar a conscientização diante desses retrocessos.
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