O Brasil registrou 5.036 violações contra lésbicas nos oito primeiros meses deste ano. Os dados são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) após denúncias feitas por meio do Disque 100. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados que mais registraram violações desse tipo. A faixa etária predominante de vítimas é entre 25 e 29 anos.
Os dados reforçam a importância do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica , celebrado neste 29 de agosto. A data é celebrada anualmente, com o intuito de combater o preconceito e ampliar a representatividade. As informações são do Correio Braziliense.
Nesta terça-feira (29), foi realizada a primeira sessão solene do Dia da Visibilidade Lésbica na Câmara dos Deputados , por iniciativa da deputada federal Daiana Santos (Psol-RS). O evento contou com a participação da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Os dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam que as violações contra lésbicas ocorrem em escalas parecidas com os crimes de maus tratos e exploração sexual. As violências costumam ocorrer em ambientes familiares ou comunitários.
O perfil dos agressores é de pessoas brancas, na faixa dos 35 a 39 anos para mulheres e de 40 a 44 anos para os homens. Segundo a pasta, não é possível estabelecer uma comparação com o ano passado, porque o formulário do Disque 100 oferecia apenas a opção "homossexual".
O MDHC informou ainda sobre a criação do grupo de trabalho Agenda Nacional de Enfrentamento à Lesbofobia e ao Lesbo-Ódio, realizado em parceria com os ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial, que é uma das ações do governo federal para combater a violência contra esse grupo. O objetivo do grupo é formular estratégias de enfrentamento e criar políticas públicas para o acolhimento dessa população.
"Seguiremos aqui em Brasília batalhando pelos direitos das mulheres contra a misoginia, machismo, lesbofobia e a transfobia. A política não será mais sem a participação de nós", pontuou a deputada Daiana.
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