Homens gays presos em campos de concentração durante o Holocausto
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Homens gays presos em campos de concentração durante o Holocausto

Folhetos culpando as pessoas  LGBTQ+ pelo Holocausto e acusando a comunidade LGBTQ+ de desejar “supremacia política” apareceram em Rosh Haayin, uma cidade em Israel , na terça-feira (22). 

Centenas de folhetos foram distribuídos em Haifa e Rosh Haayin e ainda não está claro quem os produz e distribui.

"Muitos culparam Deus por permitir que os horrores do Holocausto se concretizassem. No entanto, os fatos mostram que antes de 1933, a atividade homossexual era ilegal na Alemanha, mas após a tomada do poder pelos nazistas essas leis foram alteradas. Já foi dito no passado que se essas leis tivessem sido aplicadas na Alemanha, o Holocausto não teria acontecido", diz uma das afirmações feitas nos folhetos de 26 páginas.

À época, os homossexuais foram um dos grupos especificamente visados ​​pelo regime nazista. O Museu Memorial do Holocausto dos EUA observa que "de acordo com muitos relatos de sobreviventes, os prisioneiros com triângulo rosa estavam entre os grupos mais vítimas de abusos nos campos".

Entre 5 mil e 15 mil homens foram enviados para campos de concentração como “infratores homossexuais” e dezenas de milhares de outros foram presos em outros lugares, segundo o Museu Memorial do Holocausto dos EUA. Aqueles enviados para campos foram forçados a usar um triângulo rosa para identificá-los. Não se sabe quantos homossexuais foram assassinados no Holocausto.

Agora, folhetos de 26 páginas estão sendo distribuídos em  Israel , e incluem uma lista de reclamações contra pessoas LGBTQ+. 

Os materiais distribuídos afirmam ainda que a concessão de direitos às pessoas LGBTQ+ fará com que aqueles que “têm a visão tradicional do casamento entre um homem e uma mulher” percam “a sua liberdade pessoal e os seus direitos democráticos”.

“Os objetivos finais do movimento LGBTQ+ não são apenas a inclusão e a aceitação, mas a supremacia cultural e política absoluta, como foi o caso nos impérios grego e romano e na Alemanha nazista”. 

Os folhetos afirmam ainda que a ciência provou que a homossexualidade não está relacionada com a genética e que “os gays não nasceram assim”.

“O pecado da homossexualidade lhes devolve em seus corpos a recompensa adequada por suas ações, como doenças sexualmente transmissíveis, AIDS, etc”, continua o texto. “Muitos hoje em dia querem pintar a comunidade LGBTQ+ como uma sociedade amorosa, pacífica e tolerante, quando na verdade ela está degenerando em uma mentalidade ameaçadora, coercitiva, violenta, indisciplinada e desavergonhada, e também atinge agressivamente adolescentes e crianças para suas tramas”. 

O folheto insiste que “não é uma mensagem de ódio, mas de preocupação e amor, alertando nosso amado povo sobre as consequências presentes e eternas que virão se continuarem a ignorar a palavra de Deus”.

Uma denúncia foi apresentada à polícia após a distribuição dos folhetos, com a Polícia de Israel afirmando em resposta que “a polícia iniciou uma investigação ao receber a denúncia, na qual os materiais serão encaminhados para exame das autoridades”.

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