Pabllo Vittar começou sua carreira há menos de 10 anos, mas a internet já levou a drag queen para diversos países, incluindo toda a América Latina, Estados Unidos e alguns países da Europa que ovacionam o carisma e o talento dessa brasileira. Ela ainda está dando os primeiros passos com hits em outros idiomas, mas avisa em entrevista exclusiva ao iG Queer que jamais deixaria de dar atenção para seus fãs do Brasil que a ajudaram a construir sua história.
“Música brasileira é internacional e eu nunca deixarei meu público daqui de fora disso. Essa internacionalização vai no mesmo caminho das músicas que eu já trabalho aqui, então as duas carreiras, nacional e internacional, vão andar juntas”, comenta. “Vou gravar nos três idiomas, português, inglês e espanhol, mas isso é um projeto só para o ano que vem”, completa.
Antes disso acontecer, ela lança no próximo dia 27 de julho seu mais recente trabalho, um álbum de remixes do “Noitada”, que ganhou o nome de “After”, com participação de artistas renomados e outros ainda pouco conhecidos como Frimes, Irmãs de Pau, Jup do Bairro, MC Naninha, Siamese, Gloria Groove, Pedro Sampaio, Milian Dolla, Brunoro, S4TAN, Pininga & Delcu, entre outros.
“Tive a honra de trabalhar com vários produtores legais e várias amigas que toparam entrar nesse projeto comigo. Estou muito feliz e ansiosa por isso”, argumenta ela que lançou a versão original do álbum em fevereiro deste ano.
Pabllo chegou a receber muitas críticas pelas redes sociais por gravar com artistas que ainda têm pouco nome no mercado, mas deixou bem claro que esse é um pensamento muito excludente. Para quem não se lembra, a drag queen ainda era pouco conhecida quando fez uma parceria com Anitta e Major Lazer na música “Sua Cara”. A partir daí, sua carreira deslanchou tanto no Brasil quanto no exterior.
“Quem pensa assim tem um pensamento tão retrógrado, tão idiota... quando eu ainda nem era conhecida, eu recebi ajuda de muita gente. Isso é importante! Eu estou aqui para somar e nunca para dividir.”
Ela ainda faz questão de estar presente em eventos que abram espaço para as drag queens iniciantes, sejam elas cantoras ou não, para que o universo da arte drag seja cada vez mais ampliado pelo país.
“Quando vejo essas gatas começando, me vem na cabeça quando eu comecei, quase 10 anos atrás. É muito bom fomentar o trabalho dessas artistas que são tão incríveis. É importante mostrar que nós existimos e estamos sempre aqui”, pontua.
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