A cantora sertaneja Roberta Miranda fez uma participação no programa “Caldeirão com Mion”, da TV Globo, no último sábado (1). Em conversa com o apresentador, Marcos Mion, a cantora falou sobre as mulheres no sertanejo e incentivou mais diversidade no gênero musical.
A artista foi precursora como mulher cantando sertanejo, antes do sucesso do “feminejo”. “Pensando nestas meninas, em talentos que eu adoro, Marília Mendonça, Maiara & Maraísa, e tantas outras… Naquele tempo, eu lutei tanto para a mulher entrar no mundo sertanejo, um mundo machista, e, hoje, as mulheres estão aí, se sobressaindo“, comentou.
Em seguida, Roberta falou sobre o desejo em ver essa inclusão no sertanejo com artistas LGBTQIA+. “Por que não agora é [a vez do] o pessoal LGBTQIA+? Está faltando isso para o mundo sertanejo. Vamos! Nós temos [pessoas LGBTQIA+] no pop, em outros gêneros… Venha para o mundo sertanejo! A Roberta está aqui para abraçar vocês“, salientou a artista que é abertamente bissexual.
Em entrevista ao jornalista Leo Dias no último ano, a cantora afirmou que já se relacionou com uma travesti e que, por conta de promessas familiares, demorou para expor sua sexualidade ao público.
“É… bissexualidade. Brinco dizendo que sou trissexual. Quem come de tudo não passa vontade. Foi uma experiência linda [o namoro com a travesti]. Minha mãe nunca me viu com mulheres, e ela também não entendia“, contou Roberta na época.
Há poucos artistas LGBTQIAP+ no sertanejo, o chamado “queernejo”, vem crescendo, mas ainda em passos lentos. Entre os artistas, podemos citar: Gabeu, filho de Solimões, dupla de Rionegro, Gali Galó e Alice Marcone.
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