A
posse do novo presidente do Brasil
, Luiz Inácio Lula da Silva
, foi marcada de diversidade e busca por protagonismo de pessoas minorizadas socialmente, como o
grupo de representantes da sociedade brasileira que foram escolhidos para subir a rampa do Planalto
e entregar a faixa para o petista.
Entre os integrantes do grupo estava uma pessoa LGBTQIAP+, o influenciador ativista da causa anticapacitista , Ivan Baron . Contudo, nos discursos do presidente, a comunidade notou que em nenhum momento Lula citou as pessoas queer explicitamente, o que gerou críticas.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) publicou no Twitter uma declaração abordando o assunto: "Não nos mencionar ou celebrar nossa existência - e nossas lutas, é uma falha grave que existiu na campanha e se mantém na posse! Isso tem que mudar!".
"LGBTQIA+ querem democracia, e não se luta contra as injustiças ou as desigualdades sem considerar as existências LGBTQIA+. Queremos participar da união ou reconstrução do país!!! Não é possível falar em futuro ignorando que o país é o que mais mata pessoas trans do mundo. O Brasil tem uma dívida com as LGBTQIA+ e o governo Lula tem que fazer um aceno público em prol da nossa comunidade", escreveu a Associação, que ainda lembrou a criação da Secretaria LGBTQIA+ nos Direitos Humanos.
"Criar a secretaria LGBTQIA+ é maravilhoso, e precisamos que o governo deixe de melindres em relação a população LGBTQIA+ e reconheça nosso papel em sua eleição", finalizou.
Além de Ivan Baron, outras personalidades LGBTQIAP+ estiveram presentes na posse como Pabllo Vittar, Jaloo, Urias, Zélia Duncan, Johnny Hooker , entre outros.
Os governos petistas ficaram conhecidos como os que mais avançaram na pauta LGBTQIAP+ com iniciativas como o programa "Brasil Sem Homofobia" (2005); a inclusão de casos de relações homoafetivas femininas na Lei Maria da Penha (2006); as duas Conferências Nacionais de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT (2008 e 2011); a criação do módulo LGBT no Disque 100 (2011); o atendimento completo para travestis, transexuais e transgêneros, no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2013, entre outros.
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