O homem que
invadiu o gramado durante o jogo entre Portugal e Uruguai na Copa do Mundo no Catar
, na última segunda-feira (28), com uma bandeira do movimento LGBTQIAP+ perdeu o Hayya Card
- cartão que é exigido pelo governo local para acesso aos estádios onde ocorrem os jogos.
O torcedor foi identificado como Mario Ferri, um italiano de 35 anos. Além da bandeira, ele vestia uma camiseta com as frases “Salve a Ucrânia” e “Respeito pelas mulheres iranianas”.
“Após a invasão do campo que ocorreu durante a partida de Portugal x Uruguai na noite passada, podemos confirmar que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser retirado do campo e sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e como de praxe, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de estar em futuras partidas neste torneio”, informou o Comitê Supremo do Legado da Copa do Mundo.
O Catar é um país que tem leis extremamente conservadoras, especialmente para a comunidade queer, que pode ser punida com a Lei Sharia - a pena de morte.
O país liberou, no último dia 25, o uso de de bandeiras LGBT+ nos estádios. Até então, diversos episódios de censura haviam ocorrido com torcedores que usavam peças com o símbolo do arco-íris. Um deles foi com o jornalista brasileiro Victor Pereira , que levou a bandeira do estado do Pernambuco e foi detido por seguranças.
"Estou nervoso aqui, estou tremendo. A gente estava com a bandeira de Pernambuco e fui atacado por alguns integrantes aqui do Catar e policiais, eles vieram para cima achando que era uma bandeira LGBT. Fui filmar, eles pegaram meu telefone e só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Eu só consegui meu celular de volta porque deletei. Isso é um absurdo, a gente tem autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo no estádio", contou nas redes sociais.
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