O jornalista brasileiro Victor Pereira, que está no Catar para a
cobertura da Copa do Mundo
, foi abordado por um policial e organizadores do evento por segurar uma bandeira de Pernambuco. O arco-íris presente no estandarte do estado brasileiro foi confundido com a bandeira LGBTQIAP+ pelos homens.
Em vídeo publicado em seu perfil no Twitter, Victor estava muito inquieto e relatou a situação vivida.
"Estou nervoso aqui, estou tremendo. A gente estava com a bandeira de Pernambuco e fui atacado por alguns integrantes aqui do Catar e policiais, eles vieram para cima achando que era uma bandeira LGBT. Fui filmar, eles pegaram meu telefone e só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Eu só consegui meu celular de volta porque deletei. Isso é um absurdo, a gente tem autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo no estádio", contou.
O brasileiro também compartilhou um vídeo, gravado por outra pessoa, onde é possível ver a abordagem dos homens. Em inglês, Victor conta que é um jornalista e repete "eu vou te mostrar".
A homossexualidade é considerada um crime no Catar. Algumas pessoas, de diferentes lugares, presentes no país têm feito protestos em defesa da causa LGBTQIA+, como a comentarista da emissora britânica BBC Sport, e ex-jogadora da Inglaterra, Alex Scott, que usou a braçadeira "OneLove" , proibida pela Fifa de ser utilizada por jogadores em campo.
A braçadeira estampa as cores rosa, amarelo e azul, em apoio à causa LGBTQIA+, além do vermelho, preto, e verde, que representam origem e raça.
País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra, Holanda e Suíça desistiram de usar a braçadeira após a Fifa afirmar que os times sofreriam sanções esportivas e que os capitães estariam passíveis de receber cartão amarelo, ou até serem expulsos do campo, caso o adereço fosse utilizado durante as partidas.
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