O Catar, país onde a Copa do Mundo 2022 é sediada, resolveu liberar as bandeiras com o símbolo arco-íris, ligadas à comunidade LGBTQIAP+ , nos estádios em que o evento ocorre.
Até então a postura do país era restritiva sobre o símbolo, não só em bandeiras, como também em camisetas, chápeus e outras peças. A partir desta sexta-feira (25) torcedores que quiserem expressar apoio à comunidade queer com camisetas, bandeiras e símbolos não poderão mais ser importunados por seguranças.
No último dia 21,
o jornalista norte americano Grant Wahl
compartilhou no Twitter que foi forçado a tirar uma camiseta com o símbolo do arco-íris ao entrar em um estádio.
"Você precisa trocar sua camisa. Não é permitido", um dos seguranças ordenou, segundo o jornalista , que também ouviu que a camisa era "política".
Outro jornalista que passou por um episódio semelhante foi o brasileiro Victor Pereira, que levou uma bandeira do estado de Pernambuco para um estádio e foi contido por seguranças.
"A gente estava com a bandeira de Pernambuco e fui atacado por alguns integrantes aqui do Catar e policiais, eles vieram para cima achando que era uma bandeira LGBT. Fui filmar, eles pegaram meu telefone e só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz", afirmou o jornalista nas redes sociais.
Mais um episódio de censura ocorreu quando funcionários da Associação de Futebol do País de Gales, e torcedores da seleção, usavaram chapéus com bandeiras arco-íris durante o jogo de estreia do time galês, contra os Estados Unidos, no dia 21.
Braçadeira "OneLove" continua restrita
A autorização do uso de bandeira LGBT+ e outras peças do tipo nos estádios do Catar é considerada uma vitória, contudo, ainda não houve flexibilização para o uso da braçadeira "OneLove" , que foi restrista pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A braçadeira estampa as cores rosa, amarelo e azul, em apoio à causa LGBTQIA+, além do vermelho, preto, e verde, que representam origem e raça. A Fifa proibiu os jogadores de utilizarem o adereço nos estádios e ainda ameaçou punir os capitães dos times, que não acatassem a imposição, com cartão amarelo, ou até mesmo expulsão do campo.
A Federação Alemã de Futebol (DFB) declarou que acionará judicialmente a Fifa devido à proibição do uso da braçadeira. Segundo o porta-voz da DFB, Stefan Simon, a organização espera conseguir anular a proibição até a segunda partida da Alemanha, que acontece domingo (27) contra a Espanha.
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