O jogo entre Portugal e Uruguai, do grupo H da Copa do Mundo do Catar, foi marcado por um protesto no gramado do estádio Lusail, nesta segunda-feira (28). No início do segundo tempo, um homem invadiu o campo carregando uma bandeira do movimento LGBTQIAP+.
Esta Copa tem sido marcada por constantes protestos devido a homofobia catari, além da violação dos direitos humanos, em especial das mulheres e dos trabalhadores imigrantes no Catar, primeiro país do Oriente Médio que sedia o evento.
Além do protesto pró LGBTQIAP+, na camisa que o homem usava estava escrito, na frente, "salvem a Ucrânia", e atrás, "respeito pelas mulheres iranianas". O torcedor foi contido em campo e derrubado por seguranças.
O Catar liberou na última sexta-feira (25), o uso das bandeiras com o símbolo arco-íris, nos estádios em que o evento ocorre. Até então a postura do país era restritiva sobre o símbolo, não só em bandeiras, como também em camisetas, chápeus e outras peças.
O país sede da Copa é extremamente conservador e qualquer manifestação pública de afeto é mal recebida, independentemente da orientação sexual e identidade de gênero. Contudo, para a comunidade queer a situação é mais grave.
Desde 2004 está sinalizado no código 1º do Código Penal do país que os tribunais podem aplicar a Lei Sharia – sistema jurídico do Islã – para impor pena de morte a homossexuais, segundo o Relatório 2020 de Homofobia do Estado da International Lesbian and Gay Association (ILGA) (Associação Internacional de Gays e Lésbicas, em tradução).
Agora você pode acompanhar o iG Queer também no Telegram! Clique aqui para entrar no grupo. Siga também o perfil geral do Portal iG.