Brasil é o país que mais mata LGBTQIA+
Divulgação
Brasil é o país que mais mata LGBTQIA+

Dos mais de 28 mil candidatos e candidatas com registro nas eleições de 2022, apenas 33 são pessoas identificadas como transsexuais ou transgêneros, conforme evidencia a lista elaborada pelo coletivo  Vote LGBT+.

O número de candidatos trans corresponde a pouco mais de 0,1% do total de candidaturas. O que enfatiza também o contraste de tamanho da comunidade trans no Brasil, que representa cerca de 2% da população brasileira, conforme estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e divulgado na Nature Scientific Reports em 2021.

Além da defasagem entre o total de candidaturas e o tamanho da população trans no Brasil , a comunidade trans ainda sofreu com uma queda no total de nomes concorrendo: em 2018, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) identificou ao menos 53 pessoas trans competindo para a Câmara dos Deputados e para as assembleias legislativas estaduais.

No Tribunal Superior Eleitoral, a estatística de pessoas trans já carece de critérios que permitam uma análise precisa nestas eleições: pessoas que não utilizam nomes sociais ou que conseguiram a mudança de nome em cartório são contabilizadas como cisgênero, e dos 34 nomes sociais registrados, nem todos são por questões de gênero.

Atualmente, a comunidade trans ainda não possui representantes na atual legislatura da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, com seus quadros ficando limitados a poucas deputadas estaduais e vereadoras. No Congresso Nacional, existem ainda parlamentares com atuação na defesa dos direitos dessas pessoas. Entretanto, esse apoio não substitui a representação direta no legislativo.

Além disso, as pessoas trans que conseguem ocupar um cargo político, são sempre alvos de violência, motivo apontado por especialistas como principal obstáculo para candidatos LGBT+

Exemplos não faltam, como o da vereadora Benny Briolly , do Psol de Niterói (RJ), que sofreu ameaças desde antes da sua posse, a vereadora Duda Salabert , do PDT de Belo Horizonte (MG), que recebeu um e-mail com expressões de cunho neonazista. A situação também se repetiu recentemente com as vereadoras Erika Hilton e Natasha Ferreira , ambas do Psol. As informações são do Congresso em Foco.

Agora você pode acompanhar o iG Queer também no Telegram! Clique aqui para entrar no grupo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!