Na última sexta-feira (11), a população LGBTQIA+ residente na cidade de Porto Franco, no Maranhão, realizou uma manifestação em homenagem a Luís Carlos Sousa de Almeida, jovem gay de 19 anos que se suicidou após ser ridicularizado por moradores após crise psicótica , no último dia 4. Luís Carlos andou nu por 2 km das vias centrais da cidade e se atirou no Rio Tocantins.
A manifestação foi um ato simbólico foi feito em memória do jovem. Os participantes caminharam pelas mesmas ruas percorridas por Luís Carlos antes de morrer, saindo da casa do jovem. A ação contou com cerca de 100 pessoas e foi apoiada pela Polícia Militar (PM) e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Negligência e psicofobia
Momentos antes da morte de Luís Carlos foram gravados por cidadãos locais que estavam em bares e arredores da Avenida Beira Rio e Avenida Valentim Aguiar, duas das mais movimentadas da cidade. O jovem passava nu e falava frases desconexas. Segundo imagens em redes sociais e captadas por câmeras públicas, a população não prestou auxílio ao rapaz, riu e gravou o ocorrido.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou a escoltar o jovem, mas não o acompanhou por todo trajeto ou impediu que ele se jogasse no rio. Em nota emitida pela PRF local, o posto policial afirma que o auxílio foi negado pelo jovem e que a PM não respondeu ao chamado. A morte de Luís Carlos está sendo investigada pelo Ministério Público (MP)
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