O tema da Parada era
Reprodução/Agência AIDS
O tema da Parada era "Somos muitos, estamos em todas as profissões"

A Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ aconteceu no dia 2 de junho e reuniu mais de 70 mil pessoas na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. O evento anual, que ocorre desde 1997, ganhou tamanha notoriedade nos últimos 28 anos que o deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL)  apresentou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) , um projeto de lei que visa transformar o movimento em um Patrimônio Cultural Imaterial do Estado.

No PL, o parlamentar visa reconhecer a importância do evento, o classificando como uma plataforma crucial para a visibilidade e a defesa dos direitos da comunidade LGBTI+. Guilherme afirma: " A Parada do Orgulho LGBTI+ de São Paulo não é apenas um evento, mas um movimento que há décadas promove a inclusão, a diversidade e os direitos civis".

No documento, o deputado escreve: "É importante ressaltar sua dimensão e historicidade. A primeira Parada di Orgulho LGBT+ do Município ocorreu em 1997 e contou com a presença de cerca de duas mil pessoas. Por volta de dois anos depois, passou a ser organizada por entidades próprias, trazendo às ruas da cidade um público que já chegou em torno de quatro milhões de pessoas".

A Parada de São Paulo é considera como a maior manifestação pró-LGBTQIAPN+ do mundo, trazendo visibilidade e discussões sobre os direitos sociais, civis e políticos dessa comunidade. "Sua contribuição social, política e econômica para o estado de São Paulo é inegável, e esse reconhecimento como patrimônio cultural imaterial é um passo necessário", relembra o parlamentar.

Guilherme usou como defesa a definição de patrimônio cultural imaterial da Unesco, que engloba as práticas e expressões reconhecidas por comunidades como parte de seu patrimônio cultural. "A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo é essencial para a preservação da memória cultural e imaterial da comunidade LGBTI+. É um reconhecimento que vai além das festividades, trata-se de valorizar a luta e a resistência dessa comunidade", afirma.

No documento, o parlamentar relembra que a cidade de São Paulo houve um aumento de 970% nos casos de violência contra pessoas LGBTI+ em 2023, segundo os dados do Instituto Pólis, sendo essencial o reconhecimento do PL de um evento que promova a inclusão e a segurança de todos.

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