Ato pelo fim do lesbocídio em São Paulo, no dia 10/12/2023
Alessandra Anselmi/Instagram
Ato pelo fim do lesbocídio em São Paulo, no dia 10/12/2023

Como resposta ao assassinato de Ana Caroline Sousa Campêlo, 21, em dezembro do ano passado, o Levante Nacional Contra o Lesbocídio, formado por entidades lésbicas de todo o Brasil, organiza, para amanhã (10/01), vários atos que reinvindicam justiça pela morte da jovem do Maranhão e a mobilização do país contra o lesbocídio e a lesbofobia .

De acordo com Josilene Carvalho, mulher feminista e ativista na Marcha Mundial das Mulheres de Pernambuco e pelo Coletivo Marias Também Têm Força, vários atos presenciais estão marcados por todo o Brasil para esta quarta-feira (10), organizados por coletivos e ONGs locais, e impulsionados pelo Levante.  Porto Alegre  (RS), Recife  (PE), Salvador  (BA), São Paulo  (SP) e Rio de Janeiro  (RJ) estão entre as cidades da lista.

Um tuitaço também é promovido pelos grupos e acontece todos os dias, como forma de chamar a atenção para a pauta. As hashtags usadas são :#justiçaporcarol #lesbocidio #contraolesbocidio #violenciamasculina #lesbofobia é possível participar da mobilização pelas redes sociais.


Para a ativista, atos como este, que partem de mulheres de todo o país, são fundamentais. “Cotidianamente, nós somos perseguidas por sermos mulheres lésbicas  [...] A mobilização é fundamental para que a polícia faça um enfrentamento não no sentido repressivo, mas principalmente preventivo, para que a gente possa ter o direito de ir e vir no país, e que nossa dignidade humana seja respeitada.”



Relembre o caso

menina de braços cruzados com farda do Corpo dos Bombeiros
Arquivo pessoal/Polícia Civil

Ana Caroline Sousa Campêlo, tinha 21 anos

Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos e natural de Centro do Guilherme, no Maranhão , trabalhava em um posto de gasolina, e tinha acabado de se mudar para Maranhãozinho (MA) com a esposa.

Ela tinha o sonho de fazer parte do Corpo de Bombeiros do estado, desejo este interrompido bruscamente por um sequestro na madrugada do dia 10 de dezembro do ano passado, que ocorreu enquanto Ana voltava de seu trabalho.

O corpo da jovem foi encontrado com sinais claros de violência e mutilação, requintes de crueldade que chocou a comunidade de Maranhãozinho e fez o crime ganhar repercussão nacional.

A família e movimentos sociais, como o responsável pela organização do tuitaço, veem crime de homofobia no assassinato, enquanto a Polícia Civil do Maranhão, responsável pelo caso, mesmo um mês depois, ainda trabalha com outras linhas de investigação.

A redação tentou contato com a Polícia Civil do Maranhão para apurar o andamento das investigações do caso, contudo, até o fechamento da matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.



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