A versatilidade e o carisma do humorista Esse Menino, 26 anos, lhe rendeu um convite para participar da versão brasileira do "RuPaul’s Drag Race" . Gravado na Colômbia, o programa é exibido na TV pela MTV Brasil e no streaming pela Paramount+.
“Drag Race foi um sonho, uma coisa que eu nunca imaginei que ia acontecer. Quando recebi o convite, eu achei que era trote”, revela o humorista em entrevista exclusiva ao iG Queer .
Ele afirma que acompanha o programa desde a primeira edição da versão americana, o que lhe ajudou durante a participação como jurado convidado na versão brasileira.
“Eu sabia o que eles queriam, eu sabia o formato do programa, eu sabia como interagir, eu sabia como fazer tudo, então eu acho que por isso acabou dando muito certo. Eu sou fã de fato de tudo o que estava acontecendo ali. No final eu chorei, foi lindo. Eu estava muito interessado em estar ali, muito interessado em entregar o meu melhor.”
Hate na internet
Com a fama vem bônus incríveis, como a turnê na Europa que o comediante acabou de fazer e a participação na competição de drag queens . Contudo, junto com as glórias também vêm os ônus. Um deles é lidar constantemente com as críticas na internet.
Apesar de já ter sofrido com isso no início, o artista garante que hoje a questão não lhe atinge porque não tem mais acesso. Contudo, ele avalia que a maior parte do hate vem, infelizmente, da própria comunidade LGBTQIAPN+ , sobretudo de homens gays cis.
“O próprio ‘Drag Race’, quando anunciaram o meu nome, acho que fui a pessoa mais criticada. E em questão de segundos as pessoas começaram a falar: ‘A gente ama ele agora, a gente quer que ele seja fixo’", relata o comediante.
“O hate é uma coisa que às vezes é feita de graça. As pessoas fazem porque elas querem, porque elas podem, vão ali no Twitter [agora X] [cometem o hate] e [fazem], principalmente, com outras bichas. É sempre com outro homem gay. É impressionante”, acrescenta Esse Menino.
“Inicialmente isso era uma parte ruim para mim porque eu sentia que eu estava fazendo uma coisa para as bichas e elas foram as primeiras a rejeitar, o que também, na verdade, não é nenhuma surpresa. Homem gay quase não apoia nenhum homem gay, é muito raro isso acontecer. O próprio Paulo Gustavo, quando era vivo, sofria muito com isso”, finaliza.
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