A cantora Pepita falou sobre o silêncio de cantoras pop
diante o projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo:
"E aí, cadê as ‘divas’ de vocês, cadê as pessoas que vocês consomem, ficam horas em fila pra assistir um show se posicionando? Cadê as pessoas cis que sobem no trio da parada em junho, ganham rios de dinheiro da prefeitura e de marcas se posicionando? Acorda, comunidade!”, escreveu ela na rede social X.
“Tantos artistas cis se promovendo em cima da comunidade e na hora em que mais precisamos ninguém coloca a cara. Contratantes de paradas que deixam de contratar um artista da comunidade pra dar palco pra essas pessoas, essa é a hora de saber quem é quem! Acordem"”, completou.
O posicionamento da cantora surge em um cenário de perseguição de direitos da comunidade LGBTQIAP+. O projeto inconstitucional, segundo a própria OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros), de criminalizar o casamento homoafetivo foi aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados na terça-feira (10). Agora, a proposta ainda será analisada nas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se for aprovada, seguirá para o Senado.
Atualmente, o STF já reconhece o casamento homoafetivo , mas o cenário assusta, sobretudo por ser um projeto de lei que exclui direitos de outros grupos. A discussão do PL preocupa toda uma classe, desde parlamentares a organizações civis que lutam em prol da igualdade sexual e de gênero para os brasileiros.
Em entrevista exclusiva ao iG Queer , a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) disse que o empenho dos deputados conservadores é o "mesmo da extrema direita em todo o mundo."
"[Eles querem] usar essa pauta para se elegerem nas eleições do ano que vem, promoverem desinformação contra a sociedade, atacar direitos de minorias, retroceder avanços já assegurados... Esse é o empenho deles, e eles mostraram essa disposição", declarou a deputada, que foi categórica: "Disposição [esta] que a gente vai destruir. A gente vai acabar com ela em outros espaços."
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