O governo da Malásia disse na quinta-feira (10) que qualquer pessoa que comprar ou vender relógios da marca Swatch com tema LGBTQI+ poderá enfrentar penas de prisão de até três anos.
As autoridades do país se comprometeram a impedir a venda de produtos Swatch com as cores que remetem ao orgulho de pessoas lésbicos, gays, bissexuais, transgêneros ou queer que "possam prejudicar a moralidade" do país.
Os relógios com as cores do arco-íris fabricados pela relojoaria suíça foram proibidos no país de maioria muçulmana por "promover, apoiar e normalizar o movimento LGBTQ+ que não é aceito pelo público em geral na Malásia", de acordo com uma publicação na página oficial do Ministério do Interior da Malásia no Facebook.
A homossexualidade é ilegal no país do sudeste asiático e os atos homossexuais são puníveis com "até 20 anos de prisão e/ou chicotadas", de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.
A proibição formal é apenas a mais recente repressão do governo aos produtos Swatch com as cores do arco-íris. Em maio, a unidade de aplicação da lei do Ministério do Interior da Malásia invadiu lojas Swatch em 11 shoppings do país, inclusive na capital Kuala Lumpur, confiscando relógios com o que chamou de "elementos LGBT".
A Swatch entrou com uma ação judicial em resposta a essas apreensões em julho, dizendo que o governo havia prejudicado a reputação da empresa.
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