Os países africanos têm enfrentado discriminação e violência contra pessoas LGBTQIAPN+
Andrew Keymaster/Unplash
Os países africanos têm enfrentado discriminação e violência contra pessoas LGBTQIAPN+

Um grupo de ativistas da organização House of Guramayle, na Etiópia, estão compartilhando alertas nas redes sociais dizendo que várias pessoas LGBTfóbicas estão incentivando outras a agirem com  violência extrema contra grupos da comunidade  LGBTQIAPN+, chegando até mesmo a incitar a morte deles das formas cruéis. 

No texto intitulado "urgente", os ativistas dizem que a Etiópia está testemunhando ataques sem precedentes contra indivíduos com base em sua orientação sexual real ou percebida e identidade de gênero. "Um apelo à violência – matar, queimar, espancar – está sendo abertamente encorajado e coordenado nas plataformas de mídia social, especialmente no TikTok. Essa segmentação de indivíduos é perigosa e baseada em uma generalização que resulta na incriminação de qualquer pessoa, independentemente de sua identidade sexual ou de gênero".

O texto também informa que a comunidade queer na Etiópia não tem proteção contra discurso de ódio, assédio e ataques de multidões e que as pessoas estão pedindo aos órgãos da sociedade civil de direitos humanos na Etiópia, na África e no mundo em geral que denunciem tais ataques.

"Também pedimos às plataformas de mídia social, como o TikTok, que melhorem a eficácia de seus procedimentos de detecção de discurso de ódio e retirem imediatamente vídeos que apelam à violência nos idiomas etíopes", pontuou.

Outro problema grave que o país africano está passando é o fechamento de locais de encontro de pessoas LGBT chamados de "hotéis gays" para evitar o encontro da comunidade. Segundo a Reuters, forças de segurança estão reprimindo hotéis, bares e restaurantes na capital, Addis Abeba, onde supostamente ocorre atividade sexual gay.

Enquanto isso, a comunidade LGBTQIAPN+ precisa viver na clandestinidade, sempre com medo dos ataques de discriminação que podem acontecer a qualquer momento, caso suas identidades sejam descobertas. O Departamento de Administração de Paz e Segurança de Adis Abeba, um órgão do governo, disse que estava tomando medidas "contra instituições onde atos homossexuais são realizados" após denúncias do público, e já havia invadido uma casa de hóspedes na cidade.

O país vem enfrentando uma onda de leis e ataques LGBTfóbicos, assim como tem acontecido entre outros lugares da África como Gana,  QuêniaUganda. Na Etiópia, o sexo entre pessoas do mesmo gênero é proibido, mas não há relatos recentes de pessoas que tenham sido condenadas por esta prática sexual de forma consensual.

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