MC Dricka vem somando um hit atrás do outro e acabou de lançar o álbum "Mega da Rainha", que tem músicas inspiradas na vida afetiva e sexual da cantora. Apesar de ser sucesso no fluxo, ela contou que sofre uma grande pressão da comunidade LGBTQIAPN+
e de pessoas hétero
para fazer funks com temática lésbica,
mas disse que não seria tão bem recebido.
"Nada impede que eu faça músicas lésbicas, mas, primeiro, quero que as pessoas parem de preconceito. Elas falam: 'Você é sapatão, tem que cantar para mulher'. Os héteros falam: 'Se é sapatão, por que canta para homem?'. É muita pressão", explicou ela em entrevista ao site g1.
Em 2020, por exemplo, ela lançou o trap "Beijo no Pescoço", que tem uma letra com insinuações sexuais lésbicas, como dedadas e linguadas na vagina, mas que não fez sucesso. Nessa época, ela já era conhecida por cantar "putaria hétero". A funkeira, que se chama Fernanda Adrielli e é lésbica assumida, prefere separar seu nome particular da personagem que está no palco.
"Eu comecei a carreira cantando esse tipo de música [hétero]", afirmou ela. "Lésbica é a Fernanda. A Dricka é um personagem".
O single "E Nós Tem Um Charme Que é da Hora" fez muito sucesso em 2020 e acumula mais de 34 milhões de streams e o clipe foi reproduzido mais de 106 milhões de vezes somente no YouTube. Mas Dricka acredita que se produzisse mais funks com temática lésbica não teria a mesma repercussão.
"Não teria nem comentário bom nem divulgação para quem é LGBT", comenteou. "A gente quer fazer música 'sapatão', mas os canais de lançamento são tudo hétero", explicou.
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