A novela "Vai na Fé" tem feito sucesso na horário das 19h na TV Globo, alcançando um ibope que há tempos não era visto na faixa da emissora. Com vários personagens queridos pelo público, um casal se destaca: Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnamn).
O beijo entre as personagens foi muito pedido pela audiência, o que demorou a vir, parte porque a cúpula da emissora temia rejeição do público conservador e religioso, que é um dos alvos do folhetim.
"A gente gravou vários beijos que tinham sido cortados, estávamos quase desistindo. Fiquei frustrada? Claro que fiquei. Mas eu dei a volta por cima. Represento uma comunidade, devo muito a eles", revelou Regiane em entrevista à revista Caras.
A artista ainda relembrou que a cena não era aguardada apenas pelos telespectadores, mas também pela produção da novela.
"Um dia nos disseram para gravar de novo, a cena estava roteirizada. Tinha muita gente no estúdio para acompanhar, parecia a final da Copa do Mundo . Gerou expectativa", contou a atriz, que na sequência não se limitou em tecer elogios à parceira de trabalho
"A Pri [Priscila Sztejnamn] é uma ótima parceira de cena, ela é precisa, é dedicada. Queremos sempre fazer de forma orgânica, foi uma cena muito delicada. Foi uma vitória quando foi ao ar. Não tem como fingir que não existe", completou.
Regiane ainda elogiou a representatividade presente na novela, o que ela considera que é tardio, mas válido.
"Sempre explico para os meus filhos que precisamos respeitar [a comunidade LGBT+]. Os meios de comunicação deveriam, por obrigação, representar o brasileiro. 'Vai na Fé' tem protagonistas negros. Isso é um avanço, temos que naturalizar", afirmou.
"Estamos em 2023, faz parte da sociedade, sim! Eu e a Priscila compramos a causa. É uma forma de amor. O amor tem que ser dito, não deve ser privado", acrescentou Alves durante a entrevista.
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