No levantamento da plataforma Gleeden, 18% das pessoas que se identificam como heterossexuais dizem já ter vivido um relacionamento homossexual
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No levantamento da plataforma Gleeden, 18% das pessoas que se identificam como heterossexuais dizem já ter vivido um relacionamento homossexual

O mês que celebra o Orgulho LGBTQIA+ chama atenção para a luta travada por pessoas em busca de respeito, aceitação e pelo fim do preconceito que sofrem simplesmente por serem quem são.

As consequências geradas por esse preconceito são diversas, porém uma pesquisa realizada no ano passado pelo Gleeden, joga luz sobre um aspecto pouco abordado: como pessoas que se identificam como heterossexuais se veem em relações homossexuais?

Um levantamento com usuários da plataforma na América Latina revelou que 45% dos heterossexuais dizem já ter pensado em ter um relacionamento homossexual.

E mais: 18% já tiveram um relacionamento homossexual; 20% já fizeram sexo com uma pessoa do mesmo gênero; e 70% consideram que, se não fossem as condições morais, culturais ou religiosas, todos seriam bissexuais. Apesar disso, apenas 10% dos entrevistados se declaram bissexuais. 

Segundo a psicóloga Laia Cadens, existem vários motivos para a tendência ascendente. Alguns são a identificação da própria sexualidade, a curiosidade e a necessidade de experiências de sexo mais diversas.

“Os aspectos socioculturais têm muito impacto nisso, uma vez que 70% afirmam que, se não houvesse condições morais, todas as pessoas poderiam ser bissexuais”, explica. 


Mariona Gabarra, sexóloga do Gleeden, aponta que a mudança na cultura popular reflete nessa abertura da diversidade sexual e de gênero.

Filmes, programas de TV e músicas estão começando a retratar personagens e relacionamentos queer  de uma forma mais positiva e autêntica, ajudando a normalizar essas orientações. Além disso, é importante destacar o papel dos jovens, que lideram essa mudança, sendo mais abertos e honestos sobre suas identidades sexuais e de gênero. Isso ajuda a criar um ambiente mais acolhedor e seguro para aqueles que vivenciam experiências semelhantes.”

Esse cenário das relações pode ser notado também por meio dos usuários do Gleeden, que são cada vez mais variados e não necessariamente casados, como é o objetivo da plataforma - o de promover relações extraconjugais -, mas também solteiros ou pessoas em relacionamentos abertos que buscam outras experiências afetivo-sexuais.

O uso de aplicativos de relacionamento  mudou a forma como interagimos, ou seja, criaram espaços seguros para que as pessoas possam estabelecer um perfil mais genuíno e ter clareza sobre o que estão procurando sem medo de serem julgadas. Isso tem permitido que elas percebam que existem outras formas de amar”, afirma Silvia Rubies, diretora de Comunicação e Marketing do Gleeden. 

Para a executiva, a abertura a experiências é algo característico dos mais jovens, porém o uso de aplicativos permite que gerações anteriores descubram e se sintam mais seguras sobre isso.

“Essas pessoas sabem que, em plataformas como o Gleeden, têm a liberdade de poder expressar o que realmente são e querem. Assim, fica mais fácil se relacionar com outros que buscam a mesma coisa”, finaliza.




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