Considerando o primeiro quadrimestre de 2023, a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) divulgou um dado parcial de 46 assassinatos de pessoas trans e travestis entre 1 janeiro e 30 de abril deste ano. Entre as vítimas, 45 foram mulheres trans e travestis e 1 homem trans.
Segundo a associação, é número 18% menor que o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 56 assassinatos. Porém, ainda alerta para o número alto de mortes.
“Quando observamos a média de assassinatos nos quatro primeiros meses de 2023, percebemos que ela está em torno de 11,5 pessoas/mês, enquanto em 2022 inteiro essa média foi de 11 assassinatos/mês. Ainda é cedo para dizer se há uma tendência de aumento, mas esses números exigem uma atenção especial para que o assassinato de pessoas trans seja encarado como problema CIStêmico e que precisa de ações e respostas emergenciais para o seu efetivo enfrentamento”, divulgaram em nota nas redes sociais.
Em 2022, o Brasil esteve no top do ranking de países que mais assassina pessoas trans e travestis no mundo pelo 14º ano consecutivo.
131 pessoas trans e travestis foram assassinadas no país em 2022. O dossiê ainda aponta que outras 20 pessoas tiraram a própria vida diante da discriminação e do preconceito presente na sociedade brasileira.
Totalizando 151 pessoas trans e travestis mortas em 2022, 65% dos casos foram motivados por crimes de ódio, com requinte de crueldade. 72% dos suspeitos não tinham vínculo com a vítima. De acordo com o relatório, a identidade de gênero é um fator determinante para essa violência.
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