Funcionários da empresa nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália questionaram a prática para executivos de alto escalão, diz o Wall Street Journal
Ana Marques
Funcionários da empresa nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália questionaram a prática para executivos de alto escalão, diz o Wall Street Journal

O TikTok monitorou usuários que assistiam conteúdos voltados para o público LGBT+ no aplicativo por pelo menos um ano, segundo reportagem publicada pelo Wall Street Journal na última sexta-feira (5).

Ex-funcionários da empresa chinesa disseram que informações relacionadas a vídeos com a temática queer podiam ser visualizadas em um painel específico, que exibia o conjunto de usuários que assistia aos vídeos, assim como os respectivos números de identificação destas pessoas.

Colaboradores do TikTok nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália questionaram a prática para executivos do alto escalão. O temor era que os funcionários que tinham acesso às informações pudessem compartilhar os dados dos usuários, assim como chantagear esses navegadores do aplicativo, segundo a publicação do jornal norte-americano.

A coleta de informações sobre o comportamento dos usuários é uma prática comum entre empresas de tecnologia, que utilizam os dados para personalizar a experiência do usuário, além de fornecer anúncios direcionados.

Contudo, o rastreamento com base em dados sensíveis, como orientação sexual, religião, raça, entre outros dos tipos, pode ser considerado invasivo e levar a práticas discriminatórias.

Uma porta-voz do TikTok disse ao Wall Street Journal que o painel que os funcionários usavam para acessar tais dados sobre conteúdo LGBT+ foi removido nos EUA há quase um ano.

A porta-voz também afirmou que a big tech chinesa não identifica informações potencialmente sensíveis dos usuários, como orientação sexual ou raça, com base no que as pessoas assistem na plataforma.

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