A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) tornou-se a primeira mulher trans a presidir uma sessão na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15). Na ocasião, a parlamentar presidiu uma sessão solene em homenagem à vereadora assassinada em 2018, Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, que após cinco anos, o caso segue sem resolução.
A sessão foi marcada por cobranças de resposta à pergunta: “quem mandou matar Marielle”? A vereadora da cidade do Rio de Janeiro e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados no dia 14 de março de 2018. Nascida na Favela da Maré, Marielle era negra, bissexual e ativista dos direitos humanos.
Além disso, os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã de Marielle, Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Sônia Guajajara (Povos Originários) também participaram de sessão solene na Câmara dos Deputados.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a vereadora Monica Benício (Psol-RJ), viúva de Marielle, e o secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, também compareceram. A viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis, discursou virtualmente.
Em seu discurso, Erika Hilton afirmou no evento que “é preciso que se faça justiça, que se dê resposta, que se repare a história, que não matou apenas Marielle e Anderson, mas que mata todos os dias no Brasil corpos iguais ao de Marielle e Anderson”.
Para ela, a execução de Marielle e Anderson se repete todos os dias na “execução da população jovem, negra, LGBT e periférica do Brasil".
“Se uma mulher democraticamente eleita é executada da forma como foi e o Estado brasileiro permanece calado, o que nós podemos esperar desse mesmo Estado com meninos e meninas anônimos? A resposta da morte de Marielle e Anderson é uma resposta a todo o povo brasileiro”, enfatizou a deputada.
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