A drag queen Meatball aproveitou sua arte para fazer uma sátira, e uma crítica ao conservadorismo, se vestindo de George Santos, o deputado brasileiro gay, do Partido Republicano, dos Estados Unidos, que apoia medidas LGBTfóbicas.
A artista se apresentou no último fim de semana em Nova York e aproveitou sua semelhança com o congressista para fazer a crítica em tom de humor, ao som do clássico da Disney, "This Is Me".
No Instagram, Meatball compartilhou o trecho divulgado no TikTok, e escreveu na legenda: “Obrigado Sasha por me deixar ser uma bagunça de pesadelo”, se referindo à Sasha Velour, drag vencedora da nona temporada de
"RuPaul's Drag Race"
e dona do evento, NightGowns, em que Meatball se apresentou.
“Você arruinou a noite perfeitamente”, brincou Sasha nos comentários.
O deputado já foi uma drag queen no passado
A drag queen brasileira Eula Rochard, de 58 anos, revelou que fez amizade com George quando ele se montou de drag queen no ano de 2005, no primeiro desfile do orgulho LGBTQIA+ de Niterói, no Rio de Janeiro.
Três anos depois, Santos competiu em um concurso de beleza de drag queens, segundo Eula. Outra fonte de Niterói afirmou que o congressista também participou de mais concursos drags, como Miss Gay Rio de Janeiro, sempre na figura de Kitara Ravacha - sua persona drag. As informações foram divulgadas pela Reuters.
Rochard disse ainda que o deputado era uma "drag pobre" em 2005, e que usava um simples vestido preto, mas que em 2008 "voltou para Niterói com bastante dinheiro".
"Mudou muito, mas sempre foi mentiroso. Sempre era muito sonhador", disse a drag.
Santos é alvo de congressita
George Santos é o primeiro republicano assumido gay eleito para a Câmara dos Estados Unidos. Ele tem enfrentado críticas desde sua vitória, em novembro do passado, devido mentiras em seu currículo e história de vida, assim como seu apoio a medidas que vão contra o direitos das pessoas LGBT+.
Seu cargo também está sob ameaça. O deputado de Nova York Anthony D'Esposito, do Partido Republicano, já pediu a renúncia de Santos. Caso o brasileiro não renuncie, ou seja expulso da Casa, é praticamente certo que ele será destituido do cargo em 2024.
Ele poderia ainda ganhar muito dinheiro com livros, TV ou filmes contando sua história, mas essa vantagem também está ameaçada, uma vez que D'Esposito articula um projeto de lei que visa proibir "os membros da Câmara dos Deputados condenados por crimes envolvendo fraude financeira, ou de financiamento, de campanha de receber compensação por biografias, aparições na mídia ou trabalhos expressivos ou criativos e para outros fins.”
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