O médico Fred Nicácio, do BBB 23, revelou que já foi ameaçado de morte pelo pai devido sua orientação sexual. Ele, que se reconhece como um homem gay cis, desabafou com Domitila Barros e Gabriel Santana, em uma conversa no quarto da casa do reality.
"Eu disse a mim mesmo que não iria virar estatística, que não seria mais um filho morto pelo pai porque é gay", afirmou o médico na conversa revelando que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.), após as ameaças do pai.
"Fui à delegacia com um amigo meu, fiz um B.O, e aí começou todo o processo. A última vez que eu vi meu pai tem anos, sei lá, tipo sete. Um juiz deixou claro que a Lei Maria da Penha iria me proteger. Ele não poderia se aproximar mais do que 200 metros de mim, não poderia me ligar ou mandar mensagem", disse Nicácio aos brothers.
Segundo o médico, seu pai o ameaçava constantemente por mensagens e ligações: "Ele me ligava, dizia que ia quebrar todos os meus dentes. Mandava áudio, dizia que ele ia fazer uma merda comigo e que o demônio ia me encontrar. Coisas terríveis". Domitila se espantou com as revelações. "Meu Deus! Traumatizantes", opinou a sister.
Ainda no relato, Fred afirmou que o pai é policia militar e por isso andava armado, contudo, com o B.O., a arma de fogo teria sido confiscada pela Justiça.
"Na época a Defensoria Pública que me defendeu pediu o porte dele. Foi uma loucura. Ele ia atrás de mim", afirmou o médico. "Deus lhe deu o livramento", disse Domitila.
País que mais matas LGBTs no mundo
Em 2022, o Brasil registrou 256 mortes de pessoas LGBT+ no Brasil, que foram assassinadas ou cometeram suicídio. Segundo os dados, que se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação, coletados e organizados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 34 horas uma pessoa LGBT+ é morta no país.
Das vítimas, 242 sofrerem homicídios e 14 suicídios no ano passado. O Brasil continua sendo o país onde mais LGBT+ são assassinados no mundo. Saiba como denunciar uma caso de LGBTfobia neste link.
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