O jogador de futebol Collin Martin, que atua no San Diego Loyal, dos Estados Unidos, explicou alguns dos problemas que podem impedir que jogadores profissionais, especialmente grandes estrelas da Premier League, do Reino Unido, assumam sua sexualidade publicamente.
Para Collin a falta de representatividade LGBTQ+ pode vir de qualquer lugar, desde agentes “aconselhando” atletas a não se abrirem publicamente, até o preconceito vindo de outros atletas. Atualmente não há jogadores LGBTQ+ atuando na Premier League.
“Nem sempre sabemos os fatores para atletas gays”, disse ele, ao Express Sport . “Pode ser um agente aconselhando um jogador: 'Sabe de uma coisa, acho que é melhor você não sair até conseguirmos uma transferência ou um clube diferente'. Ou podem ser companheiros de equipe e pessoas do clube, com homofobia e coisas que as pessoas dizem.”
A retórica homofóbica dentro do esporte é prevalente e um dos fatores mais preocupantes de se assumir. Em maio, o jogador Jack Daniels, do Blackpool, da Inglaterra, assumiu ser homossexual publicamente, em uma carta aberta ao site do clube ele afirmou ter “tirado um peso dos ombros”.
Uma pesquisa realizada pela YouGov descobriu que metade dos torcedores de futebol entrevistados consideram a homofobia como um problema sério, enquanto 68% acreditam que o racismo é um grande problema.
Collin concordou que questões como a homofobia no futebol precisam ser melhor abordadas, para que os jogadores se sintam mais seguros para se assumirem ao mundo.
“Me dói pensar que eles estão tendo que esconder uma grande parte de si mesmos por qualquer motivo. Talvez seja porque eles não se aceitam em primeiro lugar, talvez seja porque eles estão com medo ou tão focados no futebol e no esporte.”
O atleta do San Diego Loyal confessa ter grande paixão pelo esporte, mas afirma que para ele “há mais na vida do que o futebol”, algo que o ajudou a assumir sua própria sexualidade.
“[Futebol] é algo que conheço a vida toda e é muito importante para mim, mas se eu não entender esse aspecto importante da minha vida, não posso continuar. Eu só espero que esses jogadores se encontrem para continuar tentando explorar essa parte de si mesmos e buscar apoio se precisarem.”
Collin se assumiu gay em 2018.
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*Com informações de Pinknews.