Bobi Kinnar
Reprodução/Twitter (@ANI)
Bobi Kinnar

A candidata do partido Aam Aadmi Party (AAP) Bobi Kinnar  ganhou a eleição da Municipal Corporation of Delhi (MCD) , “Corporação Municipal de Deli” em tradução livre, durante uma eleição nesta quarta-feira (7).

A política trans venceu na ala Sultanpur, uma cidade situada às margens do rio sagrado Gomti, no estado indiano de Uttar Pradesh, contra o candidato do Congresso Varuna Dhaka por 6.714 votos, de acordo com a Indian Express.

A vitória de Bobi veio poucas horas antes de ser anunciado que o partido que faz parte, ficou à frente na eleição, ocupando 134 lugares, vencendo contra o partido Bharatiya Janata Party (BJP), que terminou com 104 assentos ocupados. A vitória significa que a AAP agora detém uma forte maioria sobre a corporação municipal.

A nova representante da Sultanpur, frequentemente apelidada de Bobi "Darling" defende que trabalhará na limpeza da corrupção dentro do MCD e "embelezará" o eleitorado.

"Quero dedicar minha vitória às pessoas que trabalharam tão duro para mim", disse ela.

"Eu gostaria de agradecer a todos. Agora só tenho que trabalhar pelo desenvolvimento em minha área".

Assistente social de longa data, Bobi concorreu originalmente como candidata independente durante as eleições do MCD de 2017, mas mais tarde se juntou ao autoproclamado partido "anticorrupção”, AAP.

Ela também é bem conhecida por seu trabalho para melhorar a educação e a mobilidade social em Sultanpur e em seus arredores.

Sua vitória foi incrivelmente acirrada durante as eleições, com a BJP ultrapassando regularmente a AAP várias vezes antes de os votos serem totalmente contados.

A vitória de Bobi é outro grande passo para os direitos e representação LGBTQ+ na Índia.

Embora o país tenha muitos direitos para minorias queer, ele ainda tem um longo caminho a percorrer para realizar a verdadeira igualdade.

Em 2014 o Supremo Tribunal da Índia reconheceu transgêneros como um terceiro gênero com direitos reconhecidos e tratamento igualitário concedidos. No país, fornecer direitos as pessoas transgênero é mais aceitável, do que  descriminalizar a homossexualidade.

As transexuais hijiras são vistas como o terceiro gênero no país e também são consideradas figuras místicas e, por isso, são respeitadas.

Porém, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda é proibido, apesar das tentativas rotineiras dos ativistas de reverter a política do governo.  A incapacidade de se casar significa que o casal não pode adotar juntos, nem podem herdar os bens do outro.

Além disso, significa que as visitas hospitalares para emergências médicas podem ser recusadas, já que ambos não são legalmente reconhecidos como família.

Com informações de PinkNews. 

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