Oficina sobre cultura ballroom ocorre nesta sexta-feira às 14h
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Oficina sobre cultura ballroom ocorre nesta sexta-feira às 14h

O Museu da Língua Portuguesa promove, nesta semana, uma peça e uma aula aberta de cultura ballroom, atividades que jogam luz para as possibilidades poéticas dos mais diferentes corpos ocupantes dos centros urbanos.

Os integrantes da “Casa de Candaces”, cujas atividades visam dar protagonismo às pessoas trans e negras, oferecerão uma aula aberta sobre a cultura ballroom no Brasil, um movimento político que celebra a diversidade de gênero, sexualidade e raça. Surgido nos Estados Unidos nos anos 1960, começou a ganhar força no Brasil em 2015, em Brasília, e hoje está espalhado por todo o território nacional. 

O movimento funciona como uma rede de fortalecimento para pessoas trans e ganhou características próprias no território nacional. Enquanto nos Estados Unidos as Houses são lugares de moradia coletiva, no Brasil as Casas em geral são uma família afetiva, sem que as pessoas morem necessariamente juntas. Os bailes, a expressão cultural do movimento, são competições de dança por categorias, que no Brasil ganhou modalidades próprias, como a “Samba no Pé”. A cultura vem sendo apropriada esteticamente por festas, pelo mundo musical e pela moda. 

Além de aprender mais sobre essa cultura, o evento terá uma oficina de vogue femme. O nome é referência à revista de moda Vogue, com a palavra em francês para mulher, indicando a valorização da feminilidade na performance.

O evento, no Saguão B do Museu da Língua Portuguesa, será aberto a quem quiser participar, sem necessidade de inscrição prévia. O objetivo é contribuir para o empoderamento de membros da comunidade ballroom, sobretudo, as pessoas transvestigêneres no acesso aos espaços da cidade por meio de práticas performáticas oriundas da cultura de baile.

Além disso, o Museu da Língua Portuguesa exibirá a peça “Abre Alas para Liberdade”, que destaca histórias e vivências de pessoas que foram cerceadas dentro de manicômios e clínicas, em especial o Hospital Psiquiátrico do Juquery.

A proposta do ator Victor Roza e do artista multimídia ORU é traçar paralelos entre as memórias de pacientes desses estabelecimentos com as dos moradores do centro da capital paulista, em especial daqueles que residem no território no qual o Museu está instalado, em meio aos bairros da Luz, do Bom Retiro, de Campos Elíseos e Santa Efigênia. A apresentação acontecerá no Parque da Luz, localizado em frente ao Museu da Língua Portuguesa.

O espetáculo teatral vai acontecer na quarta-feira, dia 10. Já a atividade da cultura ballroom será realizada na sexta-feira, dia 12. Ambos os eventos são gratuitos e iniciam às 14h. 

O Museu funciona de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h) e os ingressos são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); crianças até 7 anos não pagam e é grátis aos sábados. 

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