A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP) anunciou que deixará a disputa eleitoral de 2022 para o cargo na Câmara dos Deputados. Ela foi a primeira mulher transexual negra eleita deputada estadual no País, com 54 mil votos em 2018. Agora, prestes a completar 4 anos de atuação na Assembleia Legislativa de São Paulo, ela afirma que aspira continuar na política, mas de outras formas.
No dia 31 de março, na Aparelha Luzia, a parlamentar chegou a apresentar-se como pré-candidata a deputada federal pelo PSOL, onde o espaço e a rua ficaram lotados de pessoas.
Malunguinho, criadora também do centro cultural Aparelha Luzia, na capital paulista, disse que a decisão aconteceu por querer "ampliar sua atuação além das fronteiras da política institucional".
Na Alesp, ela se destacou pela defesa dos direitos da população em situação de rua, da população negra e das pessoas trans. Seu mandato também foi marcado por manifestações de ódio e preconceito: a deputada também foi alvo de diversos ataques transfóbicos. A sua atuação com a Mandata Quilombo visa solucionar as demandas sociais da população minorizada socialmente.
Agora, a deputada atuará na política de outras formas, mas sempre apoiando as minorias. “Saibam que estou integralmente engajada na eleição de Lula à Presidência da República, bem como militando para elegermos a maior bancada negra, indígena, de mulheres e de pessoas LGBTs da história”, escreveu ela em carta aberta publicada em seu Instagram.
A bancada de deputados federais do PSOL no Congresso Nacional tem apenas três parlamentares em São Paulo: Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e Ivan Valente, o desejo da legenda era de ampliar o número de parlamentares, com a presença de Erica Malunguinho. Todavia, agora ficam apenas Guilherme Boulos, Sônia Guajajara e Erika Hilton na disputa. As informações são da Alma Preta Jornalismo.
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