Victoria Alonso, da Marvel Studios, disse que esteve em uma reunião de 45 minutos com Bob Chapek, CEO da Walt Disney Company, pedindo que ele se posicionasse contra a legislação anti-LGBT “Don’t Say Gay”. De acordo com o portal ‘Deadline’, Victoria Alonso fez um discurso no último sábado à noite ao receber o GLAAD Media Award de Melhor Filme para ‘Eternos’. Durante a fala, Alonso mencionou a conversa com Chapek: “Pedi a ele para olhar em volta e realmente se o que vendemos é entretenimento para a família, não escolhemos qual família”, declarou. “Família é esta sala inteira. Família é a família no Texas, no Arizona, na Flórida, e na minha família, em minha casa. Então, peço novamente ao Sr. Chapek: por favor, respeite - se estamos vendendo família – tome uma posição contra todas essas leis malucas e desatualizadas”.
Ela também encorajou todos a lutarem contra essa legislação discriminatória para com a comunidade LGBTQIAP+. “Eu encorajo todos vocês a parar de ficar em silêncio – silêncio é morte”, disse. “O silêncio é veneno. Mas se você não se levantar, se não lutar, se não der seu dinheiro, se não votar, tudo o que podemos fazer é fazer uma festa e ser gay. Briga briga briga! Enquanto eu estiver na Marvel Studios, lutarei pela representação de todos nós”. Chapek está enfrentando uma reação bem negativa em resposta ao projeto de lei de Direitos dos Pais na Educação da Flórida, apelidado de “Don’t Say Gay”. Ele proíbe que sejam estabelecidas conversas sobre orientação sexual e identidade de gênero em salas de aula de algumas séries escolares . O projeto de lei foi sancionado dia 28 de março deste ano.
A resposta inicial de Chapek foi divulgar um memorando que deixava claro que a Disney não iria interromper as doações aos patrocinadores do projeto, porém que ainda apoiaria os funcionários LGBT+ que possuem. Essa ação provocou uma resposta dos defensores e até acabaram surgindo relatos de que o conselho da Disney considera substituir o atual CEO devido à situação. Bob Chapek respondeu às críticas, dizendo que doaria 5 milhões de dólares para a Campanha de Direitos Humanos, que recusou essa doação até que ele tomasse “uma ação significativa” contra o projeto de lei. Mais tarde, Chapek anunciou que iria interromper todas as doações políticas no estado da Flórida e prometeu ser aliado à causa LGBTQIAP+ futuramente.