Disney/Divulgação
"Red: Crescer é uma Fera" pode ter uma personagem trans; entenda

O novo filme da Disney Pixar "Red: Crescer é uma Fera", lançado em todo o mundo no último dia 21, tem se destacado nas últimas semanas. No entanto, uma personagem específica chamou a atenção de alguns internautas. Trata-se da carismática e otimista Miriam, que, de acordo com fãs, pode ser uma personagem trans.

O motivo pelo qual os fãs passaram a especular é pela expressão de gênero de Miriam. Ela tem sido mais apontada como uma mulher trans, mas há algumas outras pessoas afirmando que a personagem é uma  pessoa não binária ou mesmo um homem trans.

No entanto, há indícios de que Miriam seria uma menina trans vindos da própria Disney Pixar. Em abril de 2021, o estúdio soltou um comunicado em que afirmava estar procurando um talento jovem para dar voz a uma garota trans de 14 anos chamada Jess. "Ela é compassiva, engraçada e está sempre com você", consta na descrição da personagem, uma postura parecida com a de Miriam em "Red".

O estúdio chegou a afirmar no mesmo comunicado que buscava por atrizes "entusiasmadas, extrovertidas, engraçadas e energéticas que se sintam confortáveis em atuar em frente a um microfone". Na época, fãs do estúdio apontavam que poderia se tratar de "Red" e que, no meio do caminho, o nome da personagem foi alterado.

A Disney não se pronunciou sobre a identidade de gênero da garota. Além disso, Ava Morse, a atriz escolhida para dar voz à Miriam, é uma garota cisgênero.

Os fãs também especularam sobre a orientação sexual de Miriam, apontando-a como bissexual ou lésbica. Alguns chegaram a acreditar que a personagem tem uma crush na melhor amiga, Meilin, a protagonista do filme. Outra personagem também apontada como lésbica no filme é Pryia, que faz parte do grupo de amigas.

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Disney boicota personagens LGBTQIA+

As especulações acontecem em meio às acusações de funcionários da Pixar de que a  Walt Disney Company está impedindo a criação de histórias e personagens LGBTs para os filmes. Na última semana, foi enviada uma carta aberta à Vanity Fair assinada pelos funcionários  LGBTQIA+ e aliados.

"Nós da Pixar testemunhamos sempre belas histórias, cheias de personagens diversos, voltarem em migalhas comparado ao que originalmente era. Mesmo ao justificar que criar conteúdo LGBTQIA+ era a resposta para combater leis LGBTFóbicas ao redor do mundo, éramos impedidos de fazer isso", afirma um trecho do documento. De acordo com a equipe, os executivos pedem que cenas que "demonstram afeito abertamente gay" devem ser cortadas dos filmes.

Além disso, o CEO da Disney, Bob Chapek, desembolsou US$ 25 milhões da empresa para doar a um projeto de lei anti-LGBT da Flórida que ficou conhecido como Don't Say Gay. Aprovado em 8 de março, o projeto proíbe o ensino sexual nas escolas, permite que pais processem professores e instituições que abordam diversidade sexual e ainda que crianças com "comportamento queer" sejam denunciadas aos responsáveis.

Pressionado, Chapek chegou a se reunir com o governador do Estados expressando "preocupações" com a lei e doou US$ 5 milhões para instituições LGBTQIA+. No entanto, o apoio financeiro destinado ao projeto anti-LGBT não foi retirado.

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