Veronika Limina, de Lviv, cidade ao oeste da Ucrânia, está administrando um acampamento para treinamento de habilidades básicas de combate e primeiros-socorros a cadetes LGBTQ+ voluntários.
Limina, que faz parte de uma ONG que promove direitos iguais para pessoas LGBTQ+ nas forças armadas, afirmou ter se alistado na força de defesa territorial de Lviv e que está preparada para lutar enquanto as forças de Vladmir Putin se movem para o oeste do país. As informações dão do Daily Beast.
"Estou com raiva... Vamos matar Putin", disse ela.
Andrii Kravchuk, de Kiev, trabalha a organização de direitos humanos LGBTQ+, Nash Svit Center. Ele disse que uma ocupação russa do país pode levar a “total ilegalidade e repressão”, e que muitas pessoas LGBTQ+ estão se juntando às forças de defesa territorial.
Leia Também
“Agora temos apenas duas opções: ou defendemos nosso país e ele se tornará parte do mundo livre, ou não haverá liberdade para nós e não será a Ucrânia. Pessoas LGBT+ que serviram no exército e voluntários militares estão prontos para voltar ao serviço. Estamos fazendo o mesmo que o resto do país”, afirmou ao Daily Beats.
A ameaça de ocupação russa traz um perigo adicional para a população queer, já que o regime de Putin é totalmente anti-LGBTQ+, e relatórios sugerem que pessoas LGBT+ estão entre os nomes de uma “lista de morte” elaborada antes mesmo da invasão.
Uma delegação ucraniana se encontrou com o governo Russo em Belarus, na manhã desta segunda-feira (28), após um fim de semana aterrorizante e incerto de combates, no qual Vladmir Putins colocou as forças de dissuasão nuclear em alerta máximo. O encontro, porém, não resultou em acordo e as negociações devem ir para uma segunda etapa.