Artistas negros e indígenas LGBTQIA+ podem receber bolsa auxílio de R$1.000
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Artistas negros e indígenas LGBTQIA+ podem receber bolsa auxílio de R$1.000


Até o dia 20 de fevereiro, trabalhadores da  área da cultura ou economia criativa poderão inscrever seus projetos completamente novos para conseguir uma bolsa-auxílio. O edital Latinidades Pretas vai repassar R$ 100 mil a iniciativas de criadores negros e indígenas da comuidade LGBTQIA+ . A ideia foi criada para reduzir danos econômicos causados pela pandemia da Covid-19.

O projeto foi criado pelo Instituto Afrolatinas e Instituto Feira Preta, em parceria com a Fundação Open Society, e deve beneficiar 100 profissionais com bolsa de R$ 1 mil. O intuito é reconhecer, dar visibilidade e premiar conteúdos inovadores e focar na diversidade de gênero e sexual . Coletivos e instituições LGBTQIA+ também podem se inscrever.


Além deles, também podem se inscrever projetos inéditos que sejam ligados às linguagens culturais ou áreas técnicas. Entre as linguagens aceitas estão artes cênicas, artes plásticas, audiovisual, literatura, fotografia, moda, cursos e oficinas e até gastronomia. Os projetos inscritos serão selecionados e avaliados por uma Comissão formada pelo Instituto Afrolatinas e outros dez curadores externos. Interessados podem se inscrever em latinidadespretas.com.br .

Além da bolsa-auxílio os profissionais terão direito à mentoria pela metodologia Afrolab, que busca capacitar empreendedores negros por meio de saberes ancestrais e valorização da cultura africana e da diáspora na América Latina.

Jaqueline Fernandes, fundadora do Afrolatinas, espera que o edital seja uma maneira de valorizar diversas cadeias produtivas da cultura. “É urgente combatermos a marginalização, discriminação e todo tipo de violência contra pessoas LGBTQIA+. Queremos reafirmar que estamos comprometidas com essas vidas, com a memória, história e proteção do patrimônio cultural imaterial de suas culturas e com o reconhecimento da contribuição desta população para a sociedade”, diz Fernandes.

O Latinidades Pretas teve uma primeira etapa no ano de 2020, em que recebeu 1.444 inscrições de portfólios de mulheres negras artistas, de todo Brasil. “Ao todo, 69 trabalhadoras da cultura receberam bolsas, e seus trabalhos entregues geraram conteúdos para a plataforma Latinidades Pretas”, afirma Adriana Barbosa, fundadora do Instituto Feira Preta.

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