Cada vez mais pessoas trans estão se destacando na arte, na educação, no ativismo, no esporte e demais áreas de trabalho. Elas lutam por respeito, dignidade e levantam debates importantes. Neste mês da visibilidade trans, o iG Queer preparou uma lista com dez nomes inspiradores para você acompanhar em 2021.
Luma Andrade
Foi a primeira mulher trans a se tornar professora doutora no Brasil. Foi empossada, em 2013, como professora efetiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), no Ceará. Integrante do Instituto de Humanidades e Letras (IHL).
Jaqueline Gomes de Jesus
Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília (UnB), atualmente conduz um pós-doutorado em história. Jaqueline é professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e também da pós-graduação em história da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Jaqueline aborda diversos temas em seus trabalhos, como políticas públicas, feminismos, movimentos sociais, gênero e psicologia.
Erika Hilton
Vereadora eleita em 2020 para a capital de São Paulo, foi a mulher mais votada de todo o Brasil. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Erika, 27, foi indicada para a presidência da câmara. Neta de uma nordestina, passou a infância na periferia. É militante das causas trans e negra. Em dezembro, estampou a capa digital da Vogue Brasil e concedeu entrevista sobre a vida dela a uma das editoras da revista, a jornalista Claudia Lima
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Laerte Coutinho
Aos 69 anos de idade, é considerada uma das cartunistas mais importantes do Brasil. Já teve seu trabalho publicado nas revistas Veja e Isto É, nos jornais Folha de S.Paulo e no Estadão, entre outros veículos de grande circulação. Apesar de ter consolidado o seu trabalho antes de revelar para o mundo que é uma mulher trans, hoje, fala abertamente sobre a transgeneridade, inclusive nos seus cartuns. Em alguns deles, desenha a si mesma diante de problemas da vida.
Erica Malunguinho
Primeira mulher trans eleita deputada estadual de São Paulo, Erica é mestra em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (USP). Ela também é criadora do Aparelha Luiza, centro de fomento cultural voltado para a convivência e circulação de artistas negros.
Maite Schneider
Co-fundadora do projeto Transempregos – maior e mais antigo portal viabilizador de oportunidades de emprego para a população trans
– Maitê é considerada uma ‘top voice’ do LinkedIn e já foi palestrante do TEDx. No Instagram, ela publica vagas de trabalho, reflexões, mensagens motivacionais, discussões sobre discriminação e os contextos de mulheres trans e travestis brasileiras.
Duda Salabert
Vereadora eleita em 2020, Duda, 39, é uma professora de literatura, ambientalista e ativista filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 2018, foi a primeira pessoa trans a se candidatar ao cargo de senadora de República. Foi a vereadora eleita com a maior quantidade votos da história de Belo Horizonte (37 mil). Também é idealizadora da ONG Transvest, que oferece cursos educacionais a pessoas transgênero e travestis.
Paul Preciado
Um dos principais pesquisadores da Teoria Queer em todo o mundo, aos 51 anos de idade, o filósofo e escritor espanhol tem trabalhos sobre gênero e sexualidade, arquitetura, identidade e pornografia. Preciado passou por uma transição de gênero lenta, que começou em 2014, quando ele começou a se definir como pessoa não-cis, até ele retificar o nome para Paul em 2015, se declarando um homem.
Lana e Lily Wachowski
Diretoras, produtoras e roteiristas norte-americanas, as irmãs Wachowski ficaram conhecidas por principalmente por produções como os filmes "Matrix" (toda a trilogia) e "V de Vingança", além da série "Sense 8", da Netflix. As duas são mulheres trans que fizeram a transição de gênero na década passada. Lana em 2012 e Lily quatro anos depois.