A empresária Jaqueline Santos Ludovico, que ganhou notoriedade após ser denunciada à polícia no último sábado (3), por agredir e proferir ofensas homofóbicas ao casal Rafael Gonzaga e Adrian Grasson Filho em uma padaria na região central de São Paulo, é acusada também em outros processos, envolvendo ameaças, extorsão e um golpe de R$ 200 mil.
Jaqueline é dona da JSL Marketing e Assessoria Ltda, empresa envolvida em um esquema ilícito conhecido como “golpe da publicidade”, que movimentou valor de R$ 200 mil recebidos de outra empresa do munícipio de Tubarão, em Santa Catarina, como noticiado pela coluna de Ullisses Campbell, do Globo.
Em 24 de setembro de 2021 , a secretária Viviane Vicente entrou em contato com Jaqueline para fazer anúncios na internet para a empresa Retífica de Motores Master, pertencente a Ênio Vicente, irmão de Viviane.
Após contrato assinado, de acordo com Viviane, a empresa de seu irmão passou a fazer pagamentos esporádicos à JSL (empresa de Jaqueline), mesmo que nenhum dos anúncios encomendados viessem ao ar. No processo, a secretária pede que a empresária devolva o valor pago pelos serviços que não foram prestados.
Viviane conseguiu por meio da justiça uma ação cautelar que duas contas bancárias em nome de Jaqueline fossem bloqueadas oito vezes. Porém, somando as duas, só foi encontrado o valor de R$ 5.651,53.
Jaqueline não apresentou nenhuma prova de que tenha feito os anúncios contratados por Viviane. Já a secretária sustenta na ação que passou a ser vítima de extorsão e ameaças.
Segundo o processo, Jaqueline disse que caso não recebesse o restante do valor em contrato, colocaria o nome da Retífica de Motores na lista de restrições da Receita Federal e que a empresa seria executada e iria à falência. O processo segue em andamento no Tribunal de Justiça de São Paulo, no Foro de São Roque.
Em agosto de 2022, Jaqueline também se envolveu em um outro processo, dessa vez como autora, contra a empresa Barreto Instituto de Estética Ltda. com a acusação de erro médico.
De acordo com a ação, Jaqueline teria ficado interessada em um anúncio promocional e se submetido a um procedimento conhecido como rinomodelação, com o intuito de elevar, afinar e projetar a ponta do nariz, além de diminuir as suas asas nasais.
O procedimento que custaria R$ 6.5 mil foi fechado por apenas R$ 1.8 mil, mediante pagamento em dinheiro em espécie. Porém, após o procedimento estético, Jaqueline se mostrou insatisfeita, o classificando como “desastroso”.
Na ação, ela argumenta que seu nariz ficou infeccionado, com princípio de necrose, e que foi preciso retirar tecido de sua perna para enxerto, causando uma cicatriz aparente de 17 centímetros.
A clínica, em sua defesa, sustenta que a paciente estava ciente dos riscos e que, provavelmente, não seguiu as recomendações do esteticista, que incluíam não consumir bebidas alcoólicas e cigarros por ao menos duas semanas. Nessa ação, Jaqueline pede uma indenização de R$ 50 mil.
* O iG Queer entrou em contato com Jaqueline Santos Ludovico para comentar o episódio de homofobia, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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