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Masp apresenta "Histórias da diversidade LGBTQIA+" em 2024

O Masp, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, anunciou que, em 2024, terá como tema central a temática LGBTQIAP+ , com as “Histórias da diversidade LGBTQIA+”. 

O programa dá sequência às exposições dedicadas às Histórias no MASP, que acontecem desde 2016 e incluem “Histórias da infância” (2016), “Histórias da sexualidade” (2017), “Histórias afro-atlânticas” (2018), “Histórias das mulheres, histórias feministas” (2019), “Histórias da dança” (2020), “Histórias brasileiras” (2021-22) e “Histórias indígenas” (2023).

A partir desse conceito, a série de 2024 propõe novas narrativas visuais, mais inclusivas, diversas e plurais sobre as "Histórias da diversidade LGBTQIA+", trazendo uma multiplicidade de vozes no conjunto de artistas apresentados e de obras selecionadas para as exposições.

A nova fase inicia com uma mostra do coletivo Gran Fury, que produziu campanhas gráficas e intervenções públicas da organização ACT UP (sigla em inglês para Coalizão da Aids para Libertar o Poder), dedicada a denunciar a negligência do governo americano sobre a Aids nos anos 80 e 90. “Gran Fury: arte não é o bastante” ficará em cartaz de 23 de fevereiro a 9 de junho.

Em seguida, terá uma exposição de Francis Bacon, pintor irlandês considerado um dos mais importantes do século 20. “Francis Bacon: a beleza da carne”, vai de 22 de março a 28 de julho. Com uma história conturbada, ele ficou conhecido pelo estilo audacioso de retratar figuras humanas, em especial nus masculinos de amantes e amigos. 

Ao longo do ano, será apresentada também uma série de atividades — exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações — que propõem abordar e debater temas como o ativismo e a representatividade queer e os movimentos sociais LGBTQIA+ em conexão com a cultura visual e as práticas artísticas.

Haverá também mostras individuais de dois grandes nomes nacionais,  Mário de Andrade (de 22/3 a 9/6) e Leonilson (de 23/8 a 17/11). A ideia da primeira é analisar desenhos, gravuras e fotografias do intelectual modernista levando em conta sua orientação sexual, que foi vista como tabu durante a vida.

Já a produção de Leonilson apresenta traços autobiográficos, quase como um diário. O artista contemporâneo, que foi diagnosticado com HIV e faleceu devido ao vírus, pintou sobre amor, companheiros, seu corpo e até a doença. 

Em 2024, o museu terá ainda mostras sobre a fotógrafa americana Catherine Opie (5/7 a 27/10), a artista paulista Lia D Castro (5/7 a 17/11) e o grupo argentino Serigrafistas Queer (de 13/12/2024 a 6/4/2025), e um exposição de roupas produzidas por estilitas e artistas brasileiros em parceria com a Renner (22/3 a 9/6), além de exibições de Masi Mamaní, Tourmaline, Ventura Profana e Manauara Clandestina na sala de vídeo.

A programação se encerra com uma exposição coletiva (de 13/12/2024 a 13/4/2025) com o tema do ano, que reunirá cerca de 200 obras de nomes nacionais e internacionais.

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