Jonathan Bailey, conhecido por seu papel na série Bridgerton, da Netflix, cresceu em uma pequena vila de Brightwell-cum-Sotwell, em Oxfordshire, zona rural localizada ao sudeste da Inglaterra.
O ator de 35 anos falou sobre como pessoas consideradas “fora da normatividade” eram vistas como “não aceitáveis” na região em que passou sua infância e adolescência. “Foi assim que me senti enquanto crescia, simplesmente porque não conhecia nenhum gay ao meu redor”, disse ele em entrevista ao Gay Times.
Jonathan que está estrelando um novo romance gay, “Companheiros de Viagem”, ao lado do ator estadunidense Matthew Bomer, de Patrulha do Destino, disse que está dedicando seu tempo em uma nova parceria com uma instituição de caridade LGBTQ+ chamada Just Like Us (Assim Como Nós, em tradução livre), que trabalha com escolas e faculdades para garantir que os jovens queer possam prosperar.
Refletindo sobre a importância dos modelos para os jovens queer, Jonathan lembrou como entendia a sua própria sexualidade desde os 11 anos de idade, mas a falta de representação LGBTQ+ o impediu de ser capaz de “florescer” totalmente.
“A mídia divulgou histórias tão negativas em relação à situação difícil da experiência gay, então eu realmente não tive acesso a nada que me fizesse sentir bem-vindo ou que eu ficaria bem, e eu era alguém que estava muito consciente sobre quem eu era”, disse ele.
O ator continuou: “Falei sobre isso desde os 11 anos. Eu me pergunto como teria sido minha vida se o vocabulário e os embaixadores tivessem entrado na minha escola. Isso definitivamente teria me ajudado a me sentir mais seguro e a florescer mais rápido. Para mim, esse tipo de confiança em mim mesmo surgiu mais tarde na vida por não ter isso.”
Jonathan Bailey, cresceu no período em que a famosa lei “Seção 28”, da primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher esteve em vigor no Reino Unido. Conhecida como “Lei Homofóbica”, a Seção 28 proibia que escolas tratassem de assuntos como homossexualidade, sendo finalmente eliminada em 2003 — algo semelhante ocorre nos Estados Unidos, com a lei que ficou conhecida como “ Don’t Say Gay ” (Não Diga Gay, em português).
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