Bernardo Arévalo de Leon, diplomata e sociólogo de centro-esquerda que foi eleito o novo presidente da Guatemala , no último domingo (20), derrotou a conversadora Sandra Torres. A vitória do então candidato do partido Movimento Semilla representou um aceno da população guatemalteca a ideias mais progressistas. Contudo, a sociedade do país da América Central ainda é conversadora e pautas LGBTs, por exemplo, não são bem-vindas.
Uma delas é a legalização do casamento entre pessoas do mesmo gênero , que deve continuar sem amparato legal, mesmo na gestão de Leon. Segundo a Agência France-Presse, durante a campanha o político havia se comprometido a combater a discriminação contra pessoas LGBTs, postura que gerou críticas por parte de evangélicos, o que fez Leon recuar no discurso.
Com isso o agora presidente negou que irá legalizar as uniões estáveis LGBTs no país latino. Com 64 anos, Leon é filho do primeiro presidente eleito democraticamente no país, Juan José Arévalo, que governou a Guatemala entre 1945 e 1951.
Sandra Torres, que perdeu as eleições para Leon, era apoiada pelo governo que está em vigor, do direitista Alejandro Giammattei, e pela elite empresarial aliada ao governo. Ela, inclusive, fez campanha direta contra o casamento LGBT+.
A Guatemala possui leis contra discriminação a LGBTs, contudo, somente no âmbito escolar. Pessoas trans podem adotar o nome social em documentos desde 2016, mas não podem alterar o gênero.
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