Na entrevista a revista espanhola, o papa também criticou a resistência da Ucrânia e da Rússia para iniciar um diálogo de paz
CC0 Domínio público / PxHere - 21/02/2017
Na entrevista a revista espanhola, o papa também criticou a resistência da Ucrânia e da Rússia para iniciar um diálogo de paz

O papa Francisco afirmou que as mulheres transsexuais são "filhas de Deus" e não devem ser tratadas de forma diferente pela Igreja Católica. A fala foi dada e uma entrevista à revista espanhola "Vida Nueva", publicada nesta sexta-feira (4).

A declaração do pontífice é uma resposta às críticas de membros da igreja que se incomodaram de Francisco receber transsexuais durante suas audiências semanas no Vaticano.

"[...] Não me preocupo que me critiquem por eu receber transsexuais na audiência geral das quartas-feiras [...] A primeira vez que vieram e me viram, saíram chorando, dizendo que eu tinha dado uma mão, um beijo [...] Como se eu tivesse feito algo excepcional. Mas elas são filhas de Deus! Ele ainda te ama do jeito que você é. Jesus nos ensina a não estabelecer limites", disse o papa.

Na entrevista, Francisco ainda criticou as posturas de Moscou (Rússia) e Kiev (Ucrânia), que resistem a uma negociação para colocar um fim à guerra e falou que a igreja está realizando uma "ofensiva para a paz".

Segundo o pontífice, seu enviado especial para a Ucrânia, que tenta negocias um diálogo entre os países, também se destinará em breve a Pequim para intermediar os recentes conflitos diplomáticos entre a China e os Estados Unidos. O pontífice pediu também aos cristãos que não se acomodem.

"É uma tentação burguesa que pode atacar especialmente os cristãos mais conscienciosos. A água estagnada é a primeira a apodrecer. O mesmo vale para um cristão estagnado. Você não pode viver assim."

"Deus nos ama como somos"

No fim de julho,  Francisco disse a uma pessoa transgênero que "Deus nos ama como somos". Os comentários do papa foram divulgados pela mídia do Vaticano  no dia 25 daquele mês, após o pontífice ter participado do podcast “Popecast”, no qual respondia a mensagens de áudio de jovens.

Giona, uma jovem italiana de cerca de 20 anos, disse estar "dividida pela dicotomia entre a fé católica e a identidade transgênero ". O papa a respondeu dizendo que "o Senhor sempre caminha conosco... Mesmo que sejamos pecadores, ele se aproxima para nos ajudar. O Senhor nos ama como somos, este é o amor louco de Deus."


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