Bandeira do movimento LGBT+ estendida durante a 24ª Parada do Orgulho de Brasília
Danilo Moreira/TV Globo
Bandeira do movimento LGBT+ estendida durante a 24ª Parada do Orgulho de Brasília

A 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Brasília ocorreu na tarde do último domingo (9) e reuniu cerca de 90 mil pessoas, segundo informações do Metrópoles.

A edição deste ano homenageou o dramaturgo, jornalista e ativista queer Alexandre Ribondi, que morreu em junho deste ano. Ele foi um dos fundadores do grupo Beijo Livre, o primeiro coletivo de ativismo gay no Distrito Federal, criado em 1979.

Alexandre Ribondi foi um importante ativista dos direitos LGBT+ na capital brasileira
Divulgação
Alexandre Ribondi foi um importante ativista dos direitos LGBT+ na capital brasileira

Além da homenagem à Ribondi, o evento contou com falas contra o pastor André Valadão, que será investigado pelo Ministério Público Federal após insinuar em um culto que Deus "se pudesse, matava tudo e começava de novo", se referindo às pessoas LGBT+.

A marcha também contou com comemorações sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que durante seu governo proferiu falas LGBTfóbicas,  inelegível por oito anos.

O deputado distrital Fábio Félix (PSol-DF) foi um dos que discursou durante a festa. Ele destacou que a edição deste ano é de celebração pelas vitórias já  conquistadas pela comunidade.

“No dia 30 de outubro de 2022, nós juntos do Brasil inteiro derrotamos Bolsonaro nas urnas. Nós dissemos não ao fascismo, ao ultraconservadorismo e a tentativa de morte e ódio contra os nossos corpos todos os dias”, disse ele em um dos trios que desfilaram durante a Parada.

“Essa é uma vitória da nossa identidade, do nosso beijo, do nosso amor, do nosso afeto. Então, essa parada de LGBT de 2023 é uma celebração pelas nossas vitórias, que são muitas”, completou.



Retorno de Jean Wyllys


Outro ponto alto do evento foi a presença do ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), que discursou contra o avanço da extrema-direita no Brasil . Ele retornou ao Brasil no final de junho, após ter aberto mão do mandato na Câmara dos Deputados e passado quatro anos exilado devido ameaças de morte.

"Vamos nos unir nesse grande coro contra a extrema-direita, contra aqueles que querem a pobreza, que querem a desigualdade, aqueles que querem que voltemos pros armários. Não vamos voltar! Vamos amar”, disse o ativista que na sequência puxou um coro de “inelegível” em referência a Bolsonaro. O ex-deputado também puxou uma vaia a Valadão.



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