Em dezembro, os EUA aprovaram projeto de lei que protege casamento entre pessoas do mesmo sexo
The White House
Em dezembro, os EUA aprovaram projeto de lei que protege casamento entre pessoas do mesmo sexo

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, por seis votos a três, que a designer Lorie Smith, do Colorado, tem o direito de recusar uma proposta de trabalho e não fazer um  casamento entre pessoas do mesmo gênero por ser cristã . A decisão do tribunal diz que ela teria "direito de liberdade de expressão" para não endossar uma união que ela não concorde.

A deliberação estaria de acordo com a primeira emenda da Constituição dos EUA, mesmo que ela viole as leis estaduais que proíbem a  LGBTfobia  com base em características como orientação sexual, raça e gênero. De acordo com a NBC News, um dos juízes que votou contra Smith disse que a decisão era uma "licença para discriminar", enquanto outro disse que "abriria a porta para a discriminação".

A designer processou o estado do Colorado em 2016, argumentando que ela poderia recusar um trabalho como profissional criativa por não estar alinhado com seus pontos de vista. Em entrevista, Lorie disse que tem crenças fortes de que "o casamento é [somente] entre um homem e uma mulher e essa união é significativa".

Relembre o casamento de Luis Lobianco e Lúcio Zandonadi:

O juiz Neil Gorsuch, um dos seis que votaram a favor da profissional, comentou que a lei do Colorado que a obriga a trabalhar para o casal do mesmo gênero viola a primeira emenda.

"Se a regra fosse diferente, quanto melhor o artista, mais refinado o escritor, mais singular seu talento, mais facilmente sua voz poderia ser recrutada para disseminar as mensagens preferidas do governo. Isso não respeitaria a primeira emenda; quase significaria seu fim", escreveu Gorsuch.

"A primeira emenda prevê os Estados Unidos como um lugar rico e complexo onde todas as pessoas são livres para pensar e falar como quiserem, não como o governo exige", acrescentou.

A juíza Sonia Sotomayor, que discordou desse discurso pautado no preconceito contra pessoas  LGBTQIAPN+, reforçou que essa é uma forma de trazer proteção a quem se vê no direito de discriminar. 

"Hoje, a corte, pela primeira vez em sua história, concede a uma empresa aberta ao público o direito constitucional de se recusar a atender membros de uma classe protegida."

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