A ILGA-Europe (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais - Europa) divulgou o relatório "Rainbow Map and Index" deste ano da Europa. A pesquisa classifica os países mais e menos LGBTfriendly com base na “situação legal e política” para pessoas LGBT+ em seus territórios. O grupo de advocacia já realiza a pesquisa desde 2009.
O índice classifica os países de zero a 100 por cento, com zero representando violações graves dos direitos humanos, e 100 representando igualdade e direitos livres.
Os países são classificados em sete categorias:
Igualdade e não discriminação;
Família;
Crimes de ódio e discurso de ódio;
Reconhecimento legal de gênero;
Integridade corporal intersexual;
Espaço da sociedade civil e;
Asilo.
A lista de 2023 publicada, na última quinta-feira (11), colocou Malta no topo, com uma pontuação de 89%. Subindo na classificação para o quarto lugar, a Espanha atingiu 74% dos pontos. A ascensão no ranking ocorreu devido o país ter introduzido uma lei de autoidentificação para pessoas trans , segundo a a ILGA-Europa.
Até 2015, o Reino Unido alcançou consistentemente o primeiro lugar no ranking, mas desde então tem caído na lista. Em 2021 ficou em 10º, antes de cair para 14º em 2022. Neste ano, o país figurou na 17ª colocação.
Os piores países para pessoas LGBTQ+ na Europa são Azerbaijão (2% de pontuação), Turquia (4%) e Armênia (8%). Esses três países mantiveram os três últimos lugares nos últimos três anos.
No entanto, a ILGA-Europa disse que a Armênia aumentou seus pontos depois de revogar a proibição de doações de sangue de homens que fazem sexo com homens. Confira o ranking completo neste link.
Discurso mais polarizado
A organização condenou o discurso anti-LGBTQ+ na mídia e na esfera pública , alegando que a discussão em torno da comunidade trans se tornou “mais polarizada e violenta” no continente europeu.
Segundo o site Pink News, a ILGA-Europa acrescentou que os desafios à “liberdade de reunião” também foram observados em toda a Europa no ano passado, com tentativas na Sérvia e na Turquia de proibir as Paradas do Orgulho.
No entanto, “apesar dos intensos ataques anti-LGBTQ+ em vários países, a igualdade ainda avança em toda a Europa”.
A diretora executiva da ILGA-Europa, Evelyne Paradis, afirmou: "Como fortemente evidenciado no Rainbow Map deste ano, a ascensão da retórica anti-LGBTQ+ de forças antidemocráticas, particularmente instrumentalizando falsas narrativas anti-trans, está sendo combatida por políticos na Europa que têm a coragem de defender os direitos humanos fundamentais e a igualdade de todos os cidadãos".
"Elogiamos os políticos que assumiram a posição que precisa ser tomada para o bem de todos em nossa sociedade e encorajamos mais a se posicionarem, já que, em toda a Europa, a democracia e os direitos humanos estão sob ameaça", afirmou o site.
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