Foto da 13ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo
Paulo Pinto/ Fotos Públicas
Foto da 13ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo

Um vídeo viralizou na internet nesta quarta-feira (3), em que uma mãe defende sua filha de uma suposta ameaça LGBTfóbica . Nas imagens, a técnica em enfermagem Thais Requena, de 39 anos, agride uma funcionária do Assaí Atacadista, rede de supermercados localizada no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo. A funcionária teria ameaçado de agressão a filha lésbica de 15 anos de Thais.

A técnica em enfermagem explicou que toda a situação começou após os pais da namorada de sua filha terem acesso a uma foto do casal se beijando. A mulher agredida é mãe da namorada da profissional de saúde.

“Por meio de mensagens, ela [funcionária do atacadista] chamou minha filha de vagabunda. Falou que sabia que ela tinha alguma coisa de errado e, por isso, não ia com a cara dela. E o que ela tem de errado? Ela é uma pessoa comum como qualquer outra!”, afirmou a técnica de enfermagem em entrevista ao Terra.

Além dos xingamentos, outra mensagem continha ameaças de agressão caso as duas adolescentes mantivessem contato. A família da mulher que teria cometido as ameaças enviou um vídeo em que o pai da jovem aparece destruíndo com uma faca itens da filha com a estampa das cores da bandeira LGBTQIA+. Thaís postou o vídeo em suas redes sociais.



Após o envio das mensagens, Thais tentou contato, mas os pais da namorada da filha não atenderam as ligações, o que fez a técnica de enfermagem ir até o atacadista e tirar satisfações pelo ocorrido.

Foi neste momento em que ocorreu a gravação na qual Thais aparece xingando e agredindo fisicamente a mulher que ameaçou sua filha. 

Afastamento da funcionária


Thais esteve na quarta-feira (3) em uma delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência contra a funcionária do atacadista, pelos crimes de homofobia e ameaça.

O atacadista Assaí afirmou em nota que "em apuração interna preliminar, o episódio ocorrido na loja de São Paulo aparenta decorrer de desavenças pessoais entre as envolvidas e já foi levado às autoridades para apuração e providências."

Além disso, a empresa disse que abriu um processo de investigação interna para colaborar com as autoridades no esclarecimento do caso e que a colaboradora está afastada de suas funções.



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