Para 46% da população, é “reprovável” ver casais do mesmo gênero se beijando em público, enquanto 48% dizem não se incomodar com isso. Os dados são de recorte exclusivo obtido pelo GLOBO da nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (14).
Considerando a margem de erro estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou menos, os grupos dos que se opõem e dos que apoiam beijos entre pessoas do mesmo gênero em público são equivalentes.
Os eleitores que declaram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2022 são os que expressam maior aversão às demonstrações de afeto entre homossexuais. São 58% nesse grupo os que acham “ruim” cenas assim, taxa que é de 39% entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, alvo de Bolsonaro mesmo antes de assumir a Presidência, o ensino de temas ligados à sexualidade nas escolas enfrenta resistência de 42% dos entrevistados. São 56% os que concordam que a escola seja o local apropriado para tratar o assunto com adolescentes.
As interpretações em relação a esse tema diferem bastante entre os apoiadores de Lula e de Bolsonaro. No primeiro grupo, 64% apoiam e 34% condenam o ensino de questões ligadas à sexualidade para adolescentes. Já entre bolsonaristas, 42% são favoráveis e 55%, contrários.
Contratada pelo banco Genial, a Quaest entrevistou presencialmente 2.016 pessoas maiores de 16 anos, entre 10 e 13 de fevereiro, em 120 municípios. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou menos, para um intervalo de confiança de 95%.
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