O apresentador de rádio norte-americano Jesse Kelly, um conservador, referiu-se à América de “horrível”, pois o time de futebol
dos Estados Unidos defende publicamente pessoas LGBTQIAP+. A fala de Kelly ocorreu após o time expressar apoio à comunidade queer exibindo um logotipo de arco-íris no centro de treinamento do Catar, país sede da Copa do Mundo deste ano.
A homossexualidade é criminalizada no território, passível de prisão e pena de morte. Em um episódio de ‘The Jesse Kelly Show’, o apresentador disse que “estará torcendo ativamente contra a equipe dos EUA” e que “escolherá outro país que não adote essa degeneração”. Ele contou ainda a história de um amigo que lhe mandou uma mensagem que dizia: “Dane-se este país. Eu gostaria de nunca ter servido. Não foi por isso que lutei, Jesse. Não foi por isso que lutamos. Tenho vergonha de ter lutado por isso. Este é um país desprezível que merece tudo o que recebe”.
Kelly afirmou ainda que os impostos norte-americanos estavam “indo para outros países para financiar cirurgias transgênero para crianças”. “Quão melhor devo tentar fazer as pessoas se sentirem quando essa é a situação na América? O que você quer que eu diga? Eu não sirvo a uma nação degenerada. E eu não vou”, continuou.
O Catar é o primeiro país do Oriente Médio a sediar uma Copa do Mundo. Os jogos começam dia 20 de novembro, e desde que foi anunciada a nação responsável por receber o evento ativistas criticaram duramente a FIFA, órgão internacional que rege o futebol profissional. A maior insatisfação foi o fato do órgão escolher uma nação anti-LGBT para acolher os jogos.
Autoridades do Catar já se manifestaram sobre o tema. O CEO da Copa, Nasser Al Khater, disse que o país garantiria a segurança dos visitantes LGBT, e o governo declarou que a polícia pode confiscar bandeiras arco-íris dos torcedores para evitar que sejam atacados por moradores.