Malwina Chmara sendo presa na Polônia.
Malwina Chmara/Facebook
Malwina Chmara sendo presa na Polônia.

Uma adolescente foi presa na Polônia por escrever palavras de apoio à comunidade LGBTQIAPN+ em uma calçada com giz. Segundo informações do PinkNews, Malwina Chmara foi presa em 17 de setembro em frente a uma igreja no centro histórico da cidade de Toruń. Ela compartilhou um vídeo da prisão na sua página do Facebook.

A jovem explicou ao canal de notícias polonês que escreveu a frase 'deixem as pessoas LGBT+ em paz' em protesto contra pessoas que seguravam faixas com insultos a pessoas LGBT+: “Eles compararam essas pessoas a pedófilos”. Chmara também teria escrito nomes de padres acusados ​​de pedofilia.

A jovem contou ainda que a polícia foi acionada e que, ao chegar, pediu pela identidade da adolescente, que ficou retida com os agentes. "Esperei por meia hora antes da polícia decidir me deter", contou Chmara.

Ela afirma que não foi agressiva e que não estava tentando escapar, mas que, mesmo assim, os policiais a algemaram e a arrastaram para o carro: "Permaneci algemada durante toda a prisão".

Frase pró-LGBT escrita em polonês pela adolescente.
Malwina Chmara/Facebook
Frase pró-LGBT escrita em polonês pela adolescente.

No post da rede social em que a jovem publicou o vídeo, ela escreveu um texto em defesa dos direitos LGBTQIAP+ na Polônia: “Se quisermos que algo aconteça, devemos nos rebelar. E, claro, a polícia vai tentar impedir isso".

“Acredito que se nos mobilizarmos e começarmos a agir pela mudança sistêmica, cada um com seus recursos, conseguiremos criar um mundo diferente. Somos imparáveis. Outro mundo é possível”, disse a jovem de 17 anos em outro trecho do post.

O ativista LGBT+ polonês, Bart Staszewski, disse ao PinkNews: “O comportamento dos bandidos da polícia é um sinal de quanto a Polônia mudou sob a decisão do governo de direita”.

Ele acrescentou: “A polícia não defende os cidadãos, mas se posiciona contra eles. Como você pode ver, você não precisa da lei homofóbica russa ou húngara para intimidar os cidadãos”. Staszewski disse ainda que, apesar das consequências, mais jovens continuam mostrando seu apoio à comunidade LGBTQ+.

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